quinta-feira, novembro 20, 2008

Festival de Teatro da Covilhã 2008_ Teatro das Beiras1975_"Hotel de Província" _20Nov_21:30_Teatro das Beiras

Covilhã - Portugal


Quando em Abril de 1975 apresentámos o nosso primeiro espectáculo estávamos muito longe de imaginar a aventura que iríamos protagonizar. E foram mais de três dezenas de espectáculos montados e 400 representações efectuadas por todo o país numa atitude mais de amor e convicção que de certezas e afirmações: o grupo de teatro amador era a aventura de um exercício de liberdade no Portugal renovado e democrático.

Os festivais e ciclos de teatro, os Actos na Montanha, a programação de espectáculos de teatro, música e dança, as sessões de cinema, as feiras do livro são também eles parte da história do GICC. Dando corpo a uma estrutura mais consolidada e de maior eficácia, respondendo às carências culturais desta vasta região, o grupo candidata-se ao apoio da Secretaria de Estado da Cultura para estruturas profissionais e adquire o estatuto de companhia profissional de teatro em 1994, iniciando uma nova caminhada na produção regular de espectáculos de teatro, trabalho esse reconhecido pelo público, instituições públicas e privadas.

E desta aposta falam os números: em nove anos a companhia produziu 31 espectáculos e realizou cerca de 1.250 representações, participamos na organização da Capital do Teatro no Distrito de Castelo Branco, editamos textos de teatro, organizamos várias edições Festival de Teatro da Covilhã, exposições, colóquios, etc. O Teatro das Beiras orgulha-se do percurso realizado e planeia o futuro com grande sentido de responsabilidade, mantendo intactas as suas convicções, enraizadas na consciência de quem presta um serviço público, sabendo que só o poderá fazer de uma forma livre e eticamente intocável.

Sinopse

“HOTEL DE PROVÍNCIA”, é um espectáculo construído a partir da comédia em um acto, “Incidente com um compaginador” do dramaturgo russo Aleksandr Vampilov (1937/1972). A acção desenrola-se num hotel estatal algures na longínqua Sibéria onde o protagonista, um funcionário público de irrelevante importância social, se comporta como um cacique de poderes ilimitados, excedendo-se no seu exercício. Os conceitos de ordem e disciplina ganham um estranho sentido absurdo e incongruente num pequeno mundo donde parece ter-se ausentado a sensatez e a humanidade. A chegada de um novo hóspede ao hotel e uma vez equivocada a sua identidade, põe toda a estrutura de poder e chefia em causa, o hotel entra em colapso e desmorona-se caoticamente. Como em outros momentos da história do teatro, também aqui a comédia é a forma de exorcizar fantasmas e pôr a ridículo os “poderosos” mesmo se o seu poder é mesquinho, insignificante e efémero. Vampilov denuncia nesta comédia, a corrupção não apenas nas altas instâncias, mas nos mais pequenos funcionários, insignificantes sem identidade mas que mesmo assim exercem o seu escasso poder de forma tirânica. Apesar da sua curta carreira, interrompida tragicamente aos trinta e cinco anos de idade, Vampilov marcou definitivamente uma nova geração de autores, podendo mesmo falar-se do teatro russo pós Vampilov, onde é latente a memória de Tchekov ou Gogol.


www.teatrodasbeiras.pt

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A programação do Festival de Teatro da Covilhã ‘08 já está online.
Pode aceder à mesma no site do Teatro das Beiras ou aqui mesmo no blogue, clicando aqui.

Preços:

Bilhete diário - € 6,00 (50% desconto para jovens até aos 25 anos,

reformados, sócios do Teatro das Beiras)

Bilhete geral - € 25,00


http://teatrodasbeiras.wordpress.com/

http://www.teatrodasbeiras.pt

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