Carlos Pinto “entrega” Turismo da Serra da Estrela à Guarda
O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, afirma que o município vai deixar a Região de Turismo. Segundo o edil, as autarquias da região «não foram ouvidas» no processo de criação do novo Pólo de Desenvolvimento Turístico.
Jornal O Interior
Ninguém se entende com a criação do novo Pólo de Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela. A antiga Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE) passou a designar-se, desde dia 13 – quando foram publicados os estatutos do novo organismo –, de "Turismo da Serra da Estrela".
Em conferência de imprensa, o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto,disse discordar dos seus estatutos, que terão sido «instrumentalizados» para «perpetuar no poder quem lá está, pondo de parte sete municípios». Carlos Pinto afiançou que o grupo de Câmaras liderado pela Covilhã vai impugnar judicialmente os estatutos, classificados de «anti-constitucionais». De resto, a Covilhã anunciou a intenção de criar uma nova entidade promocional do turismo que irá ocupar as instalações da actual RTSE, propriedade do município.
O autarca não perdeu tempo. Em Pinhel, após a reunião da Comurbeiras, anunciou aos jornalistas a decisão, alegadamente tomada «pela maioria dos municípios – Sabugal, Covilhã, Fundão, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Pinhel, Almeida, Manteigas, Trancoso, mais Gouveia [todos do PSD!] –, de não aceitar os estatutos da Turismo da Serra da Estrela e não tomar parte na estrutura». O edil acrescentou ter sido «mandatado pelos restantes autarcas para comunicar esta posição ao secretário de Estado do Turismo para que ele rectifique rapidamente o erro de ter mandado publicar estes estatutos, sob pena de surgir outra entidade entre estes municípios e o novo Pólo não passar do papel», avisou. Carlos Pinto foi mais longe e revelou também ter sido mandatado para mover uma acção judicial de impugnação dos estatutos.
O principal "problema" prende-se com a constituição da Assembleia-Geral (AG). A versão aprovada, diz Carlos Pinto, é «ofensiva da dignidade daqueles que são verdadeiramente representativos nos municípios, em termos institucionais e não pessoais». Por outro lado, refere que a escolha da Comissão Instaladora – à qual coube a tarefa de elaborar os estatutos – foi «pessoal e colada à imagem do actual presidente da RTSE, que tendo um mandato para uma comissão instaladora e para a feitura dos estatutos, que têm de ser consensuais com os 15 municípios da região, preferiu fazê-lo à revelia».
Para o presidente da Câmara da Covilhã, está em causa o facto dos municípios não terem a maioria na AG. Facto que Jorge Patrão nega terminantemente: «Carlos Pinto mente deliberadamente, como já nos tem vindo a habituar, porque sempre estiveram assegurados os 50 por cento da representatividade dos municípios», contrapõe. E quanto às críticas do autarca de que as entidades presentes na AG têm «um carácter aleatório e sem justificação possível», Jorge Patrão diz que o objectivo do presidente da Câmara é fácil de perceber: «Desde sempre que Carlos Pinto nos habituou a que só esteja nas instituições quando manda. Na Associação de Municípios da Cova da Beira, na Águas do Zêzere e Côa ou na questão dos resíduos sólidos, ele abandonou o barco por não ser ele a mandar». De resto, o presidente da ex-RTSE diz não acreditar que o Pólo esteja em risco: «Já contactei com, pelo menos, dois municípios – Trancoso e Manteigas – que me desmentiram a decisão comunicada pelo senhor Carlos Pinto», revela.
Jorge Patrão refere ainda que há, na região, «presidentes de Câmara muito atentos, responsáveis e prontos a disponibilizar tudo para receber a sede desta instituição. Carlos Pinto tem conduzido a que a Covilhã possa perdê-la», avisa.
SIC NOTICIAS
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Já passou cerca de um mês, a votação da saída da Covilhã do Pólo Turístico da Serra da Estrela foi aprovada e agora resta saber quais as contrapartidas e benefícios de tal medida,. Para quando um "Fundão Turismo" na Covilhã e em que circunstâncias. O certo e verdade é que durante todos estes anos e se olhar-mos para o passado (presente e futuro), o que de novo a RTSE trouxe à região, que projectos foram apresentados e concretizados na Região ao longo e destes últimos anos...qual o verdadeiro papel da RTSE na região.
Olhando para o trabalho desenvolvido pela Fundão Turismo, podemos afirmar que foi uma aposta ganha (no meu entender) a vários níveis, divulgação, eventos, levar o nome do fundão e da cereja até outras paragens, associar a Gardunha e o Fundão a uma determinada região, aos seus produtos e tradições (Aldeias de Xisto, Chocalhos, Feira da Cereja em Alcongosta, etc). Claro que toda a bela tem o seu senão, e 30 mil euros por mês fora custos das iniciativas, é o preço a pagar.
É lógico que não se pede a um RTSE que promova a Covilhã em particular, nem seus produtos, mas sim promover uma região...a Serra da Estrela e os municípios envolventes. O certo e verdade é que provavelmente a Serra da Estrela de à 50 anos não é muito diferente de a que existe hoje....por mim tudo bem, mas alguém não anda a fazer os trabalhos de casa...
Olhando para o trabalho desenvolvido pela Fundão Turismo, podemos afirmar que foi uma aposta ganha (no meu entender) a vários níveis, divulgação, eventos, levar o nome do fundão e da cereja até outras paragens, associar a Gardunha e o Fundão a uma determinada região, aos seus produtos e tradições (Aldeias de Xisto, Chocalhos, Feira da Cereja em Alcongosta, etc). Claro que toda a bela tem o seu senão, e 30 mil euros por mês fora custos das iniciativas, é o preço a pagar.
É lógico que não se pede a um RTSE que promova a Covilhã em particular, nem seus produtos, mas sim promover uma região...a Serra da Estrela e os municípios envolventes. O certo e verdade é que provavelmente a Serra da Estrela de à 50 anos não é muito diferente de a que existe hoje....por mim tudo bem, mas alguém não anda a fazer os trabalhos de casa...
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