Requalificação do Parque Alexandre Aibéo a concurso na Covilhã - c/som

Foi aprovado por maioria, com a abstenção do PS, o Plano e Orçamento da Câmara da Covilhã para 2011 no valor de 89,5 milhões de euros. Uma proposta que, para a oposição, “é uma reedição ligeiramente emagrecida das aprovadas nos últimos oito anos” e um “documento financeiro sem rigor”. Incluídas no documento estão várias obras prometidas no início do mandato pela maioria social-democrata como a requalificação do Parque Alexandre Aibéo, do Parque Florestal da Covilhã ou a construção do funicular de São João.

A empreitada de construção do funicular de São João foi adjudicada, na passada sexta-feira, ao Consórcio EFACEC/LIFTECH por um milhão e 550 mil euros, com um prazo de execução de 540 dias. O funicular terá uma extensão de 200 metros, vai circular em via única, com três pontos de paragem e com um tempo de viagem de dois minutos. A cabine terá capacidade para 12 pessoas e vai permitir transportar, entre a Rua Mateus Fernandes e o Largo de São João de Malta, cerca de 200 pessoas por hora.

Na reunião privada do executivo foi também aprovada a abertura de concurso público para três novas obras. Uma delas, há muito prometida, permitirá a requalificação do Parque Alexandre Aibéo num investimento de 500 mil euros. O futuro “Jardim Botânico de Montanha” contará com novas espécies arbóreas, instalações sanitárias e um bar de apoio. Equipamento que será também colocado no Parque Florestal da Covilhã que, para além do bar e dos sanitários, contará ainda com um auditório ao ar livre e com o aumento da área de estacionamento totalizando 400 mil euros de investimento. Em Vila do Carvalho será reabilitado o Centro Multifunções. O concurso público aberto conta com um milhão e 150 mil euros de orçamento para a construção de auditórios, sala de leitura e instalação da sede do Carvalhense Futebol Clube.

Todas as obras são comparticipadas em 70 por cento pelos Fundos Comunitários do QREN e fazem parte dos investimentos previstos no orçamento de 89 milhões de euros da Câmara da Covilhã para 2011. Um documento que, segundo Carlos Pinto, presidente da CMC, segue duas linhas de orientação: a concretização de obras que têm financiamento comunitário já garantido e a manutenção dos compromissos assumidos “com tranquilidade e equilíbrio”.

O Plano e Orçamento da Câmara da Covilhã foi aprovado por maioria, com a abstenção do Partido Socialista. Segundo Vítor Pereira, numa altura de crise, um orçamento de 89,5 milhões de euros, “onde a maior parte da receita prevista assenta na venda de bens de investimento”, torna este documento no “mais irrealista dos últimos anos”. Em tempo de dificuldades, os vereadores socialistas na CMC esperavam “um orçamento consentâneo com a realidade económica e financeira do concelho, da região, do País e do mundo” em vez de um orçamento “desfasado da realidade”. Ainda assim, os vereadores do PS optaram pela abstenção. O Plano e Orçamento para 2011 será apreciado e votado na próxima reunião da Assembleia Municipal da Covilhã.

Por: Susana Proença

JF

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AUDIO - Vítor Pereira, vereador socialista na CMC
AUDIO - Carlos Pinto, presidente da CMC