É um “hino à liberdade, ao perdão e ao amor entre os homens”, é assim que José António Pinho descreve o seu primeiro romance “A Estátua”. Um livro baseado em factos reais que retrata os 40 dias vividos nas masmorras da polícia política em Coimbra, em particular os sete dias de tortura. José Pinho decidiu abrir o “baú das memórias” e admite ter chorado durante o processo de escrita. A obra faz um retrato da Covilhã operária que despertava para a realidade da falta de liberdade. Nas várias colectividades da cidade reuniam-se grupos de jovens e “o sentimento de revolta era muito grande”, diz o autor.
O livro faz um retrato político dos anos de 1958/59, mas José Antóno Pinho foi várias vezes detido durante o Estado Novo. Por motivos políticos ou pela sua intervenção no movimento associativo, cumpriu prisão em diversos locais, entre os quais o Forte de Peniche e o de Caxias. Histórias reais que serão vertidas em novos livros do autor que ja estao a ser escritos.
José Pinho acredita que o futuro “se constrói no conhecimento do nosso passado e na lucidez de analisar o presente. A nossa identidade pessoal e colectiva, é, assim, fruto do que fomos, do que somos e do que queremos ser.” A apresentação da obra esteve a cargo do escritor covilhanense Manuel da Silva Ramos.
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