sexta-feira, maio 15, 2009

ESTRELAS DO SP. COVILHÃ NUMA CONSTELAÇÃO DE VELHAS GLÓRIAS

Foi no passado sábado,(1 de Maio) conforme fora anunciado.


Depois dum excelente trabalho dos organizadores, ficou a marca de um grande dia para a história da colectividade serrana.Centena e meia de pessoas reuniram-se num hotel da cidade, num jantar convívio, onde começaram a surgir as “Velhas Glórias” dos Leões da Serra.


“Quem é aquele?” – foi a expressão mais utilizada de início. Alguns vinham já “desfocados” na sua fisionomia mas ao surgirem os seus nomes, foi a alegria, e os muitos abraços. Outros não puderam comparecer, uns tantos enviaram mensagens, e um deles, que não pode vir, até chorou.

A presença de quase sete dezenas de antigos jogadores (alguns que mais tarde estiveram como treinadores) e dois antigos treinadores (Vieira Nunes e António Jesus), sem contar com os muitos antigos dirigentes e massagistas, foi o encontro da amizade, deixando entre os participantes a vontade de que se venha a realizar novo convívio.

Dos mais antigos ex-atletas (Lanzinha e Manteigueiro), aos da década de 60 (Nartanga, Maçarico, José Pereira, Fazenda, Pinto Dias, Eduardo Prata, Rui Morais), passando para a década seguinte (Serra Pires, Girão, Cremildo, Coimbra, Alemão, Velho, Luciano Reis, Luís Paiva, Babalito, Jordão, Ulisses Morais), surgiram antigos jogadores da década de 80, alguns actualmente treinadores (Martins, Madaleno, Victor Urbano, Luís Mesquita, António Real, César Brito, Germano, João Cavaleiro, Jorge Tavares, João José Pereira, Balseiro, Margaça, Bábá, Joanito, João Salcedas, Jorge Coutinho, Jacques, Nelinho, Biri, José Luís Craveiro, Manaca, José Carlos, Toninho), para, nas décadas seguintes saltarem nomes como João Miguel, Rui Morais, Nazaré, Nuno Neto, Artur, Trindade, Piguita, Luciano, Luciano Victor, Capelas, Seixas, Ferreira, João Peixe, Victor Cunha, entre outros.

De salientar o mais velho massagista que esteve ao serviço do clube serrano (quase meio século) – José Gil Barreiros, bem como o mais antigo dirigente dos Leões da Serra, Domingues Pires, e os antigos presidentes do SCC, Marques Malaca, Álvaro Ramos, Dias Rocha, João Petrucci, entre muitos antigos dirigentes.

Carlos Miguel Saraiva, coordenador da organização, deu início às breves palestras; João Serra Duarte, vice-presidente do Sp. Covilhã, representou a Direcção leonina, e João Esgalhado, a Câmara Municipal.

Presença agradável do covilhanense, árbitro internacional – Carlos Xistra, e das esposas de muitos antigos atletas, assim como de vários carolas serranos. À mesa contaram-se várias peripécias dos serranos, como esta, com que termino estas linhas, de Álvaro Ramos: na falta de autocarro do clube, de então, disponibilizavam-se as viaturas dos directores, e não só. A ele, então presidente da colectividade serrana, calharam-lhe na sua viatura os atletas negros, Escurinho, Nelinho, Penteado e Alberto Delgado. Só ele era branco. A determinada altura da viagem, um deles, a rir-se diz ao condutor: “Sr. Presidente, não se importa de abrir a luz porque vai aqui uma escuridão?...” Também o bom humor faz parte da vida.


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“Velhas Glórias” do SCC, no intervalo do jogo Covilhã – Mealhada, no final do almoço e da homenagem que lhes foi prestada pela APAE Campos Melo, em 28/09/1991 (sábado).


A história repete-se. Independentemente do gráfico de altos e baixos, ou de uma certa estabilidade, por que passou e passa a colectividade serrana, as memórias perduram e ultrapassam as várias gerações, com uma ou outra pedra a salientar-se como que do rochedo da nostalgia.

E até o País se envolve, de quando em vez, trazendo à baila figuras e factos da colectividade.

Isto é normal no associativismo. E noutras colectividades. Ainda há pouco tempo o Sporting Olhanense lançou uma caderneta de cromos dos seus atletas, de várias gerações, com grande sucesso.

Na Internet há um blog – www.cromodoscromos.blogspot.com - onde se podem ver cromos saídos, em tempos, de antigos atletas, geralmente da I Divisão e I Liga, entre os quais vários do SCC, diariamente actualizado.

Nem sempre as colectividades – como o Sporting da Covilhã – podem abarcar com a responsabilidade e trabalho na celebração de todos os seus eventos. Salientam-se assim indómitas vontades na envolvente de acontecimentos que se revestem de algum ineditismo, do agrado dos participantes, e que, se não fosse esse entusiasmo, não se criavam mais páginas da história. Assim aconteceu há quase duas décadas, com a satisfação de ter tido empenho na sua concretização. Foi o início de passar das ideias germinadas no horizonte mental, para o papel, a história escrita dos obreiros dos Leões da Serra, nas suas várias vertentes, com tudo aquilo que foi ledo como também de alguma tristeza; enfim, um mundo que desconhecia na sua globalidade.
Hoje é objecto das maiores alegrias e num ponto de encontro de boas vontades para o maior e continuado conhecimento do maior clube, e mais representativo da Região; portanto, não exclusivo da Covilhã.

No célebre sábado, chuvoso, de 28/09/1991, na CMC e num restaurante da cidade, apinhado, responderam ao convite da APAE Campos Melo, onde então era dirigente, e pela via dos jornais desportivos regionais e nacionais (estes últimos ainda não eram diários), mais de trinta “Velhas Glórias do SCC”, entre antigos atletas e dirigentes, em exclusivo da antiga I Divisão. Nessa altura, não puderam comparecer e enviaram mensagens de saudade: Simony, Cabrita, Suarez, Ramalhoso, Diamantino, Coureles e Sarrazola.

Volvido este tempo, já só o Cabrita, Suarez e Coureles pertencem ao mundo dos vivos, e os dois primeiros doentes. Dos presentes na homenagem de então, já faleceram o António José, Domiciano Cavém, Carlos Ferreira, Franklim, Hélder, Rita (que esteve representado pela irmã), Leite (o único que não havia jogado da I Divisão), Martin, Picareta, Roqui, Simões; e também os dirigentes José Santos Pinto, Luís Filipe Mesquita Nunes, Carlos Xistra e José de Sousa Gaspar, num grupo de cerca de 130 pessoas. E outro, o Tomé, acaba de ser acometida de doença súbita.
Pois bem, dando continuidade aos sentimentos de aderência à causa serrana, as suas figuras e os seus factos, na envolvente entusiástica pelo nosso Clube, de muito carinho, há que enaltecer os grandes obreiros por esse entusiasmo, coordenados por Carlos Miguel Saraiva, conseguindo, com o grupo de entusiastas, ligados à comunicação social e fotografia, dar continuidade à história do SCC, renovada, dia a dia, agora pela imagem, recordando muitas das suas equipas, e biografia dos seus atletas, não pela via do papel, mas pela grande revolução da Internet, onde podem consultar no blog www.historiascc.blogspot.com.

Por último, no próximo dia 1 de Maio (6.ª Feira), num restaurante da cidade, vão-se reunir, num jantar, cerca de centena e meia de entusiastas, em redor de cerca de setenta antigos atletas do Sporting Clube da Covilhã, já confirmados. É um evento muito interessante para as memórias, na tranquilidade duns momentos de convívio, do maior Clube da Beira Interior.

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