Há algumas semanas respondi a um questionário de uma jornalista do Expresso sobre gestão da reputação pessoal nos motores de busca. Uma das perguntas era sobre ferramentas para criar um “cv no Google” e fiquei a dever a mim próprio uma entrada no blog sobre o tema, para posterior inclusão no e-book.
Se a sua intenção é a de maximizar os benefícios para a sua reputação registe-se nos serviöos aqui listados utilizando o seu nome e, se possível, também na url do seu perfil ou site. Se o seu nome inclui acentos, registe-se nalguns dos serviços com o seu nome correctamente escrito; noutros dispense os acentos.
As ferramentas que se seguem tanto o podem ajudar a gerir a sua reputação online como, usadas de forma menos correcta, poderão causar-lhe embaraços. Acima de tudo, use de bom senso e ponderação.
1. Redes Sociais
As redes sociais são, possivelmente, a forma mais imediata e comum de criar um perfil para os motores de busca. Note-se, porém, que as redes sociais são responsáveis por muitas dores de cabeça no que à gestão da reputação online diz respeito. É tudo uma questão de uso.
Se tem um perfil em sites como o hi5 ou myspace, cuja privacidade é diminuta, e este se encontra associada ao seu nome ou ao seu email corrente, reveja-o com atenção, desde a informação que partilha de si até aos perfis dos seus contactos.
Isso não quer dizer que as redes sociais não possam ser utilizadas para gestão da reputação nos motores de busca, particularmente se lhe permitem definir com exactidão a informação visível para cada grupo de utilizadores, incluindo aqueles que não estão registados.
O Facebook permite isso mesmo, e tem a vantagem de estar frequentemente bem posicionado nos resultados do Google. Se tem conta veja como editar uma listagem pública no Facebook.
2. Redes Profissionais
Redes sociais orientadas para profissionais, como o LinkedIn, são extremamente populares nalguns sectores de actividade e constituem uma forma de currículo online.
Se já tem conta no LinkedIn, visite a página do public profile settings para definir a informação acessível a motores de busca.
3. Sites de perfis
Existem sites que lhe permitem criar um perfil online onde poderá reunir toda a informação online sobre si: o mais promissor parece-me ser o Perfis do Google.
Dica: ao colocar links noutros sites para o seu perfil certifique-se que este aponta para um endereço google.pt em vez do google.com. Basta substituir .com por .pt.
4. Comunidades organizadas em torno de passatempos
São o equivalente online dos hobbies que listamos no nosso CV. Se acredita que os resultados dos seus hobbies poderão ajudar à sua imagem divulgue-os online associados ao seu nome:
- As suas apresentações powerpoint são frequentemente elogiadas? Partilhe-as online no slideshare.
- Orgulha-se dos seus gostos musicais e gostaria de partilhá-los? lastfm.pt.
- Tem jeito para o vídeo? Youtube e/ou vimeo.
- Fotógrafo amador? Flickr ou Olhares.
Para qualquer hobbie ou actividade existem centenas de plataformas ou comunidades disponíveis. Convém investigar as comunidades antes de aderir: tal como as pessoas, também os sites têm a sua própria reputação e por isso convém aderir àqueles cujo perfil mais se adequa ao nosso.
5. Microblogues
São uma forma de blogar mais acessível e rápida. Não são blogs nem requerem o esforço necessário para criar um e alguns podem até ser actualizados por telemóvel. Tumbr, Vox, Jaiku e Twitter, o serviço preferido do momento, são algumas das plataformas.
6. Blogues
Blogs continuam a ser a melhor forma de gerir a reputação online e surgir em primeiro lugar nos resultados para o seu próprio nome. Criam-se num instante e são fáceis de manter e actualizar. Requerem algum trabalho e compromisso, pelo que não serão indicados para todos.
Existem no mercado dezenas de serviços gratuitos como Blogger, Sapo blogs ou wordpress.com, onde poderá criar o seu blog na forma oseunome.blog.com.
Muitos oferecem mapeamento de domínio para quem deseja criar o seu blog no seu próprio domínio (oseunome.com.)
7. Páginas pessoais
Talvez tenha notado que esta lista está organizada por ordem de acesso/facilidade de uso e por alguma razão as páginas pessoais são ainda muito pouco populares. Por um lado, isso prende-se com a tecnologia; as ferramentas para construção de sites deixam bastante a desejar e são frequentemente voltadas para os intermediários. Por outro lado, a natureza estática destes sites faz com que estejam rapidamente desactualizadas e sem que que o autor, pouco literato tecnicamente, tenha ao seu alcance ferramentas para manter a informação actual ou adicionar novas páginas.
Todavia, uma nova geração de ferramentas como o Google Sites/Pages e alguns dos softwares gestores de conteúdos prometem tornar esta tarefa mais acessível. As páginas pessoais são uma ferramenta especialmente recomendada para profissionais independentes ou liberais.
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