Hoje assinala-se o Dia Internacional da Montanha e talvez por isso me tenha lembrado da nossa montanha - a Serra da Estrela. Esta data foi instituída pelas Nações Unidas em 2003, como forma de alertar para a importância da montanha para a vida humana e para enaltecer as oportunidades e os constrangimentos do desenvolvimento da montanha.
A data tem sido assinalada por alguns blogs da Região que se dedicam afincadamente à defesa da nossa montanha, da nossa Serra da Estrela. No entanto, esta data não é assinalada pelos organismos locais, que deveriam ser os primeiros a defender a montanha. E aqui, na Serra da Estrela, os organismos têm defendido muito pouco a montanha. Não basta criar outdoors coloridos a autopromover-nos como cidade de montanha, se isso na prática não se revela em nada. Não vale de nada entrar em quesílias pessoais para determinar quem manda na nossa Serra da Estrela. Por estas bandas, todos querem mandar na Serra da Estrela, seja Região de Turismo ou Pólos de Desenvolvimento Turístico, seja Turistrela, seja Parque Natural, sejam as autarquias envolventes. Guerras assistimos a muitas, mas trabalho de qualidade é praticamente nulo. Todos se chegam à frente para querer mandar na nossa Serra, mas quando algo corre mal ou é denunciado, todos fogem com o rabo à seringa e chutam responsabilidades uns para os outros. Se uns mantêm tachos à anos e anos, outros há que os querem vir a ter, e depois entram em disputas pessoais confundindo o indíviduo com a instituição. É a mania de que o organismo que dirigem é a casa deles... mas esse é um mal crónico um pouco por todo o país. No fundo, são todos uns pequenos déspotas na instituição ou organismo que dirigem.
Com estas rupturas e faltas de entendimento, a Serra da Estrela continua vetada ao abandono. Não se preserva a sustentabilidade, não se promove o turismo de qualidade e o comércio tradicional e local é o que se vê.
Na Serra pouco ou nada tem sido feito nos últimos anos, com excepção de alguns projectos turísticos de qualidade, de que são exemplo o Museu do Pão, e os empreendimentos turísticos das Penhas Douradas e agora de Unhais. A insistência no Turismo de Neve só mesmo na cabeça de quem não tem visão. Este representa pouco, apenas 3 meses no ano, com sorte. A tão propalada aldeia de montanha continua a assemelhar-se a um bairro de lata da capital ou da margem sul, quase com características de favela, mas sem criminalidade. A desordem no comércio no ponto mais alto da Torre, na aldeia do sabugueiro ou junto à Lagoa Comprida faz lembrar um mercado ou um centro comercial do Martim Moniz.
Sem dúvida, que a nossa Serra da Estrela tem um potencial turístico muito grande mas que está longe de ser aproveitado. Basta aos senhores que mandam e querem mandar na nossa Serra perceberem quais são as novas tendências do Turismo para se darem conta que têm estado a apostar no potencial errado. A Máfia da Cova dá uma ajuda e apresenta aqui as Tendências do Mercado Turístico Europeu para 2005-2020(retirado aqui)
A data tem sido assinalada por alguns blogs da Região que se dedicam afincadamente à defesa da nossa montanha, da nossa Serra da Estrela. No entanto, esta data não é assinalada pelos organismos locais, que deveriam ser os primeiros a defender a montanha. E aqui, na Serra da Estrela, os organismos têm defendido muito pouco a montanha. Não basta criar outdoors coloridos a autopromover-nos como cidade de montanha, se isso na prática não se revela em nada. Não vale de nada entrar em quesílias pessoais para determinar quem manda na nossa Serra da Estrela. Por estas bandas, todos querem mandar na Serra da Estrela, seja Região de Turismo ou Pólos de Desenvolvimento Turístico, seja Turistrela, seja Parque Natural, sejam as autarquias envolventes. Guerras assistimos a muitas, mas trabalho de qualidade é praticamente nulo. Todos se chegam à frente para querer mandar na nossa Serra, mas quando algo corre mal ou é denunciado, todos fogem com o rabo à seringa e chutam responsabilidades uns para os outros. Se uns mantêm tachos à anos e anos, outros há que os querem vir a ter, e depois entram em disputas pessoais confundindo o indíviduo com a instituição. É a mania de que o organismo que dirigem é a casa deles... mas esse é um mal crónico um pouco por todo o país. No fundo, são todos uns pequenos déspotas na instituição ou organismo que dirigem.
Com estas rupturas e faltas de entendimento, a Serra da Estrela continua vetada ao abandono. Não se preserva a sustentabilidade, não se promove o turismo de qualidade e o comércio tradicional e local é o que se vê.
Na Serra pouco ou nada tem sido feito nos últimos anos, com excepção de alguns projectos turísticos de qualidade, de que são exemplo o Museu do Pão, e os empreendimentos turísticos das Penhas Douradas e agora de Unhais. A insistência no Turismo de Neve só mesmo na cabeça de quem não tem visão. Este representa pouco, apenas 3 meses no ano, com sorte. A tão propalada aldeia de montanha continua a assemelhar-se a um bairro de lata da capital ou da margem sul, quase com características de favela, mas sem criminalidade. A desordem no comércio no ponto mais alto da Torre, na aldeia do sabugueiro ou junto à Lagoa Comprida faz lembrar um mercado ou um centro comercial do Martim Moniz.
Sem dúvida, que a nossa Serra da Estrela tem um potencial turístico muito grande mas que está longe de ser aproveitado. Basta aos senhores que mandam e querem mandar na nossa Serra perceberem quais são as novas tendências do Turismo para se darem conta que têm estado a apostar no potencial errado. A Máfia da Cova dá uma ajuda e apresenta aqui as Tendências do Mercado Turístico Europeu para 2005-2020(retirado aqui)
(clicar para ampliar)
Esperemos que este dia sirva pelo menos para a tomada de consciência e que possa servir para repensar estratégias para o desenvolvimento sustentável da Serra da Estrela. Queremos, no futuro, uma Serra 5 estrelas e não uma Serra com apenas a estrela do nome.
Para finalizar, deixo duas fotos tiradas este fim de semana, na Lagoa Comprida que mostra a beleza natural e a desordem comercial da Serra da Estrela.
Para finalizar, deixo duas fotos tiradas este fim de semana, na Lagoa Comprida que mostra a beleza natural e a desordem comercial da Serra da Estrela.
4 comentários:
O Cantaro Zangado que se ponha a pau que tem aqui um concorrente à altura!!eheh!Parabens, optimo texto para publicar neste dia tão necessário mas levado tão pouco a sério pelos responsáveis do nosso país!
Abraço e mais uma vez parabens pelo texto.
TiagoP
Qualquer dia a organização e especificidade daquilo que é vendido na Serra da Estrela torna-se uma imagem de marca. Vamos todos comprar o "peluche da Estrela", juntamente com o chapéu de Cowboy da Estrela, a pele de vaca da Estrela e a panóplia de brinquedos de plástico da Estrela. Um mimo!
Não há concorrência ao Cântaro Zangado! Digamos que foi a caminhada que me inspirou Tiago! :D
Tou a ver que sim!Realmente a atmosfera estava propícia!Temos de repetir mais vezes e com mais gente para sermos cada vez mais! ;)
Abç
Enviar um comentário