"O tempo de ladrilhar a paróquia de promessas ainda vem longe, mas o sô Pinto nunca espera pela demora. Homem modesto e simples triunfa sempre pelo assombro com que afiança defender o futuro dos covilhanenses com empresas e empregos pra todo o gosto. Já tinha sido assim há quatro anos com a Microsoft, lembram-se? Agora promete mais do mesmo para depois de 2009. Pois claro; até lá o gentio ainda se esquece. Mas para que não digam que andamos cá a ver passar os aviões, lembramos-lhe, a si, caro leitor distraído, que a vinda da empresa aeronáutica ALEIA, o mais importante investimento papagueado nos pasquins oficiais paroquianos, se deve apenas ao empenhamento do sô Reitor e à existência d’uma Universidade no condomínio. Mainada.
Contudo, as inteligíveis ofertas do sô Pinto são formidáveis, pois revelam não só a bacoca e profícua retórica que o caracterizam, mas principalmente, servem para esconder do covilhanense basbaque, o negociozito da venda da água. D’uma penada, o Sô pinto desbaratou mais um bem público para pagar dividas e assegurar um rol de promessas eleitorais. Este homem não brinca em serviço.
Reconheçamos, no entanto, que o sô Pinto, nesta matéria, tem o seu quê de inteligência. Numa tirada de mestre conseguiu ofuscar a indignação da canalha e por em marcha um plano para o recolhimento e consolo dos pacóvios. Os covilhocos vão ficar-lhe eternamente agradecidos sobre a futura prosperidade do condomínio. Resta saber se com este cluster, os paisanos não vão precisar de um clister."
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