quinta-feira, abril 12, 2007

Um embuste chamado Beira Interior

«De há uns anos para cá - e já se verá porquê - instituiu-se no jargão regional a designação BEIRA INTERIOR. Para designar uma realidade que corresponde, grosso modo, aos distritos da Guarda e Castelo Branco. É evidente que tal sectorização não tem qualquer correspondência real a nível administrativo, na geografia, na demografia, na cultura, na orografia, no clima, nas tradições, na economia. Em suma, trata-se de uma divisão puramente artificial, que aproveita aos interesses expansionistas da Covilhã. A nível político, tal como as trapalhadas da Comurbeiras ilustram - essa fantasia unipessoal do Presidente da Câmara covilhanense, herdeira de uma regionalização que o país chumbou em 1999. A nível económico: todas as empresas com a designação social "beira interior" estão sediadas na Covilhã e concelhos limítrofes. Na Guarda, nem uma. Porque será? A nível da opinião pública: só os jornais da Covilhã e "O Interior" promovem abertamente a "Beira Interior (S.A.)". Que interesses espreitam por detrás? Evidentemente, só à Covilhã interessa esta fábula. Pois assim desvaloriza as capitais de distrito confinantes a poderá afirmar-se como potência regional. Sem nada que o justifique, diga-se de passagem. E não se diga que esta minha posição - sendo cidadão da Guarda - advém de qualquer regionalismo atávico. Trata-se de um alerta, que decerto merece a concordância de vastos sectores da população, para os perigos desta designação artificiosa e do que ela esconde. A Guarda tem tradicionalmente maiores ligações com Viseu e Coimbra. Com quem deveria reforçar os laços. E mesmo com o eixo transfronteiriço até Salamanca. Em suma: existe a Beira Alta e a Beira Baixa. Não é por nada. Para quê complicar?»

GuardaNocturna

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Eu digo mais,,,,,COVILHÃ a Capital da Beira Interior Já ;)

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