O que está feito e o que falta ainda concluir no programa | ||
O programa de requalificação urbana e ambiental da cidade da Covilhã, o PolisCovilhã, era ambicioso e contemplava um vasto conjunto de obras que seriam executadas no âmbito da recuperação das duas ribeiras que atravessam a cidade: a Degoldra e a da Carpinteira. No entanto, muitas das obras previstas não foram ainda executadas e outras ficaram pelo caminho, como é o caso dos teleféricos e de duas das três pontes pedonais previstas inicialmente sobre as ribeiras. A falta de financiamento foi o grande obstáculo para levar a cabo todo o programa de requalificação da cidade. Inicialmente, o programa Polis abrangia apenas 16 cidades com um financiamento global de 600 milhões de euros. No entanto, o programa foi sucessivamente alargado a outras cidades – actualmente são 39 as cidades envolvidas – o que levou a que a verba de 600 milhões tivesse que ser repartida pelas cerca de quatro dezenas de cidades. | ||
O PolisCovilhã apresentava projectos para um orçamento inicial de 50 milhões de euros que, ao longo da sua execução, foram consecutivamente reduzidos. Agora, a autarquia espera poder candidatar alguns dos projectos que já se encontram concluídos aos fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), estando também na corrida à segunda edição do Programa Polis – o Polis XXI – que o governo já anunciou que irá lançar este ano. O que está por fazer Ponte Pedonal dos Penedos Altos A ponte pedonal que vai ligar o bairro dos Penedos Altos - desde a piscina municipal – até à Rua Marquês d’Ávila e Bolama já se encontra, desde Março passado, em concurso público. A autarquia espera que a obra possa ser construída ainda este ano, esperando para tal obter apoio do QREN. A estrutura era um dos grandes marcos do PolisCovilhã, por ligar a população do Bairro dos Penedos Altos ao núcleo central da cidade. No entanto, a travessia não obteve financiamento para ser executada. Considerando tratar-se de uma obra importante para a mobilidade dos cidadãos e para a própria cidade, a autarquia decidiu avançar com a obra. Mas para isso, foi necessário alterar o projecto inicial, que previa a sua construção em madeira. Agora, a estrutura, da autoria do arquitecto Carrilho da Graça, terá uma base em betão com acabamentos em madeira e um tabuleiro com 220 metros de extensão. Terá um custo de cerca de dois milhões de euros. Elevador mecânico nas escadinhas de Santo André O projecto do ascensor, que vai ligar a Rua Marquês d’Ávila e Bolama (junto à UBI) à Rua António Augusto de Aguiar (ao Mercado Municipal), já foi adjudicado à empresa italiana Maspero Elevatori, que em princípio deverá ficar também com a sua construção. O investimento deverá rondar os 300 mil euros. Jardim da Carpinteira É outro dos jardins que a autarquia espera ainda vir a reabilitar. Situado acima da antiga fábrica do Alçada e junto à discoteca & Companhia, terá uma área de 15 mil metros quadrados e possuirá equipamentos desportivos e de lazer para os mais jovens. Englobado neste projecto, está ainda a iluminação cénica das ruínas da antiga fábrica dos Cruzes. É nesta área que a autarquia espera também criar um percurso pelas Râmolas do Sol (local onde antigamente se estendiam as lãs), criando assim um passeio pelo património industrial da cidade. Ligações viárias O PolisCovilhã contemplava a criação de várias vias rodoviárias para melhorar a circulação automóvel. Nesse sentido, estão ainda por fazer a via de ligação entre a Barroca do Lobo e a zona do Sineiro; o alargamento do troço inferior da calçada das Poldras e acesso ao eixo TCT pelo Bairro do Rodrigo e a via de ligação da Rua da Saudade à Rotunda e Ponte do Rato. Esta última terá um comprimento de 620 metros, prevendo-se a construção de uma ponte sobre a ribeira da Degoldra e, após contornar a Beira Lã, irá desembocar junto da tinturaria Alçada e Pereira, ficando sobreposto um troço com a actual Rua da Fonte Santa. O que está feito Jardim do Lago Ficou concluído em Janeiro de 2005, sendo uma das obras referência do PolisCovilhã. Contempla uma área aproximada a cinco hectares, com um custo de 1,8 milhões de euros. A obra é da autoria do arquitecto paisagista Luís Cabral e possui um lago artificial com cinco mil metros quadrados para barcos de recreio, atravessado por uma ponte pedonal em zinco e por algumas pedras sobre a água. O lago é ainda embelezado por plantas aquáticas e um espelho de água. O Jardim do Lago possui ainda zonas para o passeio pedonal, equipamentos infantis e de desportos radicais, um restaurante e dois bares. Jardim Mártir-in-Cólo Contempla um anfiteatro ajardinado com grandes degraus virados para a ponte e um palco para a realização de diversas manifestações artísticas e culturais e um bar/esplanada na zona superior do jardim. Alia elementos como a madeira, a pedra e o metal. Aqui, foi colocada uma grade para que a população possa visualizar a ribeira da Degoldra. A obra custou cerca de um milhão de euros para uma área de intervenção de 3.230 metros quadrados, onde se inclui também a limpeza e tratamento da zona do vale a jusante da ponte. Este jardim irá complementar o Parque da Goldra. Ponte e Rotunda do Rato Situado junto ao Pólo Central da UBI, contempla um espaço de lazer envolvente à chaminé fabril, um restaurante e um espaço para galerias. Esta obra é constituída ainda por uma ponte sobre a ribeira da Degoldra e uma travessia por baixo do grande braço metálico sobre a rotunda, que descarrega água da própria ribeira. Além desta escultura, existe ainda um painel de azulejos de 100 metros alusivos à cidade de lanifícios. Jardim do Rodrigo Está implantado junto à linha de caminhos-de-ferro e dispõe de um polivalente, espaços para percursos pedonais, uma zona de desportos radicais, bancos e uma grande escadaria. Contempla ainda uma passagem superior metálica sobre o eixo TCT. Neste projecto, recuperou-se também uma antiga casa em pedra, que estará a cargo do Centro Cultural e Desportivo do Rodrigo para a realização de diversas actividades. A obra custou 897 mil euros, tendo sido comparticipada pelo FEDER. Outras obras Entre as obras complementares ao PolisCovilhã, encontram-se a requalificação do jardim público, do largo da infantaria XXI e da envolvente à Igreja da Nossa Senhora de Fátima. Foram ainda levadas a cabo a iluminação da Ponte dos Oito Arcos e da Ponte da Carpinteira Kaminhos |
terça-feira, abril 24, 2007
PolisCovilhã “à lupa”
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