Investigadores portugueses desenvolveram método inédito que permite detectar a presença de drogas sintéticas num curto espaço de tempo
As análises de detecção das novas drogas não são novidade, mas os resultados demoram pelo menos duas horas a sair e exigem grandes quantidades de amostras biológicas. Agora dois investigadores da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI) de-senvolveram um novo método que permite identificar a presença das chamadas designer drugs no organismo humano em apenas 15 minutos.
Até agora as análises usaram amostras de cabelo e sangue, mas o novo método só exige uma pequena amostra (100 microlitros) de urina. O estudo é inédito a nível internacional, está prestes a ser publicado, e consiste na aplicação da microextracção com uma seringa empacotada - uma técnica criada em 2004 e em franca expansão na preparação de amostras. Até agora "nunca tinha sido usado para a detecção deste tipo de drogas", explica Eugénia Galhardo, a investigadora espanhola que coordenou o estudo, em colaboração com os toxicologistas forenses Mário Barroso e Suzel Costa, da delegação do Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal.
"A sua aplicação na área da toxicologia forense tem sido escassa, por se tratar de um método muito recente", acrescenta Ivo Moreno, o investigador na área da bioquímica que desenvolveu o trabalho em conjunto com Beatriz Fonseca.
O estudo centrou-se na detecção de piperazinas, um tipo de drogas sintéticas que surgiu no mercado ilícito a partir da segunda metade dos anos 90. A molécula original da droga é de um fármaco usado para infecções intestinais causadas por parasitas. "Quando modificada transforma-se numa droga com efeitos semelhantes aos do ecstasy, causando estados de euforia", explica Eugénia Galhardo. Para os consumidores tem vantagens: é facilmente comprada na internet, é mais barata que o ecstasy e as anfetaminas e os seus efeitos são menos nocivos.
Nos últimos anos, o consumo destas novas drogas - maioritariamente comercializadas na internet - tem aumentado. São vendidas como substâncias lícitas e sintetizadas de maneira a fugir ao controlo das polícias. Segundo a ONU, os estimulantes do grupo anfetamínico estão em segundo lugar na lista de drogas mais consumidas a nível mundial, sendo superados apenas pelo uso da canábis. O último relatório do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência alerta para o difícil controlo destas substâncias. A maior parte são parentes próximos das anfetaminas, mas qualquer alteração pode transformá-las noutras substâncias, dando origem a uma nova droga ou designação.
O objectivo do grupo de investigadores - que quer alargar o estudo a outras amostras, como o suor ou a saliva, sempre em 15 minutos - é agora implementar o método no terreno.
"Pode ajudar as polícias em operações stop ou em casos em que há suspeita de consumo de ecstasy, mas os resultados dão negativo", diz Eugénia Galhardo.
Até agora as análises usaram amostras de cabelo e sangue, mas o novo método só exige uma pequena amostra (100 microlitros) de urina. O estudo é inédito a nível internacional, está prestes a ser publicado, e consiste na aplicação da microextracção com uma seringa empacotada - uma técnica criada em 2004 e em franca expansão na preparação de amostras. Até agora "nunca tinha sido usado para a detecção deste tipo de drogas", explica Eugénia Galhardo, a investigadora espanhola que coordenou o estudo, em colaboração com os toxicologistas forenses Mário Barroso e Suzel Costa, da delegação do Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal.
"A sua aplicação na área da toxicologia forense tem sido escassa, por se tratar de um método muito recente", acrescenta Ivo Moreno, o investigador na área da bioquímica que desenvolveu o trabalho em conjunto com Beatriz Fonseca.
O estudo centrou-se na detecção de piperazinas, um tipo de drogas sintéticas que surgiu no mercado ilícito a partir da segunda metade dos anos 90. A molécula original da droga é de um fármaco usado para infecções intestinais causadas por parasitas. "Quando modificada transforma-se numa droga com efeitos semelhantes aos do ecstasy, causando estados de euforia", explica Eugénia Galhardo. Para os consumidores tem vantagens: é facilmente comprada na internet, é mais barata que o ecstasy e as anfetaminas e os seus efeitos são menos nocivos.
Nos últimos anos, o consumo destas novas drogas - maioritariamente comercializadas na internet - tem aumentado. São vendidas como substâncias lícitas e sintetizadas de maneira a fugir ao controlo das polícias. Segundo a ONU, os estimulantes do grupo anfetamínico estão em segundo lugar na lista de drogas mais consumidas a nível mundial, sendo superados apenas pelo uso da canábis. O último relatório do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência alerta para o difícil controlo destas substâncias. A maior parte são parentes próximos das anfetaminas, mas qualquer alteração pode transformá-las noutras substâncias, dando origem a uma nova droga ou designação.
O objectivo do grupo de investigadores - que quer alargar o estudo a outras amostras, como o suor ou a saliva, sempre em 15 minutos - é agora implementar o método no terreno.
"Pode ajudar as polícias em operações stop ou em casos em que há suspeita de consumo de ecstasy, mas os resultados dão negativo", diz Eugénia Galhardo.
ionline.pt
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