A oitava edição do Festival #Y pretende reforçar o espírito contemporâneo e inovador da Quarta Parede. Teatro experimental, novos palcos e extensões são algumas das propostas do evento que decorre entre 17 de Setembro e 30 Outubro.
Covilhã, Guarda e Torres Novas são as cidades que recebem espectáculos no âmbito de mais uma edição, a oitava, do Festival #Y. Iniciativa maior no plano de actividades da Quarta Parede, esta mostra de espectáculos decorre em diversos palcos, de diferentes formas e para múltiplos públicos.
Rui Sena, director artístico da Quarta, começa por explicar que este ano existe “uma aposta nítida na qualidade dos espectáculos”. Alguma poupança na divulgação publicitária do evento deixou verbas para a vinda de diversos personagens culturais ao festival.
Esta oitava edição, que começa dia 17 de Setembro e se estende até 30 de Outubro, passa pela Covilhã, pela Guarda e por Torre Novas. Distribuir espectáculos, fidelizar públicos e, acima de tudo, “mostrar o que se faz actualmente nesta área”, são finalidades que os organizadores se propõem a atingir. Rui Sena deixa claro que este “é um festival que significa muito em termos culturais daquilo que se faz em Portugal e na Europa. Uma das nossas principais preocupações passa por conseguir trazer até estas cidades uma mostra fidedigna do que é o teatro e a performance artística, mas também trazer um conjunto de espectáculos que, no seu conjunto possam abordar diversas disciplinas artísticas sem que se dispersem muito nos seus géneros. Desta forma, os participantes do #Y podem ter uma panorâmica mais alargada do que são as artes e as diferentes e diversas possibilidades de representação”.
O apoio da Direcção Geral das Artes e do Ministério da Cultura têm sido as únicas ajudas certas e que servem também para garantir as actividades correntes desta estrutura de produção e também de criação de trabalhos contemporâneos. A aposta no que se faz agora “não coloca em causa o tradicional”, explica Sena. “Apenas damos lugar ao contemporâneo, à novidade e à mudança”. O director artístico sublinha que “a Quarta Parede nunca quis ser uma companhia de teatro, queremos sim é criar algo diferente para espaços diferentes”.
No âmbito da criação de eventos culturais, esta oitava edição do Festival #8 vai também marcar a estreia de “Gota-a-aGota”, uma produção da Quarta que fala sobre a água. “É um espectáculo pensado para derrubar as formas e os palcos das tradicionais peças e abrir novas fronteiras à cultura. Pretende também mostrar a importância da água na vida do indivíduo enquanto ser social e partimos da água como produto de ligação da humanidade. É uma peça que recorre a vídeo, multimédia, som e movimento”, explicam os autores. Os bilhetes para os espectáculos custam entre três e seis euros e todo o programa pode ser consultado na página online da Quarta Parede.
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