sexta-feira, setembro 24, 2010

Em cena até 9 de Outubro'10 _"As Possibilidades"_de Howard Barker 23 de Setembro'10, às 21:30 Auditório do Teatro das Beiras (Covilhã)


O Teatro das Beiras estreia o espectáculo “As Possibilidades” de Howard Barker, com encenação de Rogério de Carvalho, a 23 de Setembro de 2010, às 21:30, no Auditório do Teatro das Beiras. Rogério de Carvalho, revisita o texto de “As Possibilidades”, o qual já encenou, no Porto em 1998, sendo um dos vários textos de Barker trabalhados pelo encenador (“Tio Vânia”; “Mãos Mortas”). O espectáculo está em cena até 9 de Outubro, de terça a sábado (excepto dia 5 de Outubro), às 21:30, no Auditório do Teatro das Beiras.




As Possibilidades” de Howard Barker é um conjunto de dez fragmentos sobre situações de violência aparentemente físicas, de grande impacto trágico sobre a condição finita do homem. Podemos colocá-los numa perspectiva da Tragédia. O autor, decerto, enquadra-se na Tragédia Contemporânea. E sendo poeta e pintor, o seu teatro reflecte vertentes do teatro contemporâneo: a importância do texto e da imagem.

Sobre o autor e o espectáculo:

Há uma poética inerente à sua obra: o dom e a plenitude da palavra, não no sentido da escrita mas no sentido da enunciação. O teatro de Barker é poético e de estrutura complexa, não permitindo a ilustração das personagens nem a construção a priori e mental dos universos que se cruzam e se manifestam, ao nível do inconsciente. É difícil abordá-lo pelo lado linear das acções e muito menos pela narrativa de uma história com princípio, meio e fim. Tudo se configura na emoção forte da palavra e na ironia trágica das situações. O prazer do que é dito, o silêncio suspenso na acção, o vigor com que o actor contamina o espectador, o esforço em querer decifrar o que se diz e o que se faz na representação são factores que o espectador tem de levar em conta. Os espectadores, decerto, não terão ideias comuns sobre o que se desenrola em cena. Não há uma certeza nem a dúvida se instala para anular qualquer tipo de certeza. As consequências imprevistas de um fragmento torna risível qualquer tentativa de processo lógico.

O actor vive a técnica da montagem, procura a não ilustração e segue uma prática pedagógica de tentar disciplinar o efeito de enunciação do texto.

Antes de explorar o mundo externo explorar a realidade psíquica: eis, o actor, na luta como criador e como meio de expressão, nomeadamente a voz. O actor sendo um criador deve poder traduzir a sua visão interna do mundo e por sua vez, estar convencido de que é capaz de transmiti-la.




O teatro de Barker traduz o inferno da criatividade. É infernal o trabalho de levantamento dos universos povoados pelas suas personagens: ambiguidades, complexidades, incertezas, domínio técnico de execução e predomínio do comportamento inconsciente sobre o comportamento consciente.

Algumas das suas fontes passam pela tragédia grega e pela psicanálise.
Não cair no erro de tentar explicar cada um dos fragmentos (é um desafio que cabe ao espectador); o inconsciente é parte desse todo como manifesto do teatro catastrófico de Barker e causa do Fim em que já nada pode sobreviver. Barker não julga a História mas coloca-nos perante o absurdo de um fim possível.

Ficha artística:
Encenação: Rogério de Carvalho
Interpretação: Ana Peres, Fernando Landeira, Pedro Damião, Pedro da Silva, Rui Raposo Costa, Sónia Botelho e Teresa Baguinho
Cenografia e figurinos: Luís Mouro
Desenho de Luz: Jorge Ribeiro



HORÁRIO DE BILHETEIRA
A bilheteira abre uma hora antes do inicio dos espectáculos.
RESERVAS
As reservas têm validade até 30 minutos antes dos espectáculos.
Podem ser efectuadas via telefone, e-mail ou directamente na
secretaria do Teatro das Beiras (com o horário 9h30 às 13h00; 14h00 às 18h30)

Com os melhores cumprimentos,

Vanessa da Silva

Teatro das Beiras

Travessa da Trapa nº 2, Apartado 261

6200-909 Covilhã

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