Geologia no Verão_Serra da Estrela – uma história com 500 milhões de anos
Data: 22 de Agosto de 2009
Duração máxima: 9 h
Nº máximo de participantes: 24
Idade mínima: 14
Data: 22 de Agosto de 2009
Duração máxima: 9 h
Nº máximo de participantes: 24
Idade mínima: 14
Descrição:
No Centro de Portugal, a serra da Estrela eleva-se abruptamente das zonas aplanadas envolventes, constituindo uma das montanhas que formam a cordilheira Central Ibérica. Nos seus cumes são visíveis vestígios de alterações climáticas que ocorreram no passado, as glaciações.
Constituída por granitos e xistos, a serra resulta de uma longa história geológica que se iniciou na Era Paleozóica, há mais de 500 milhões de anos (Ma) nos mares do hemisfério Sul, com a deposição de sedimentos que originaram o Complexo Xisto-Grauváquico, constituindo as rochas mais antigas da região. Há cerca de 300 Ma, durante a orogenia hercínica, magnas graníticas instalam-se nos níveis superiores da crusta, tendo aí arrefecido e cristalizado, originando os granitos que hoje ocorrem na região.
Durante a Era Mesozoíca (250-65 Ma) um importante ciclo erosivo arrasou as antigas montanhas hercínicas e produziu extensas superfícies aplanadas que foram sendo sucessivamente retocadas, até que no Tortoniano (10 Ma), já da era Cenozóica, se modelou a grande aplanação da Superfície Fundamental da Meseta, bem expressa na paisagem actual.
A actuação dos movimentos tectónicos hercínicos deformou e fracturação as rochas, tendo as tensões provocadas pela orogenia alpina originado deslocações de blocos, responsáveis pela elevação da serra.
A história geológica mais recente modelou as formas que hoje constituem esta paisagem tão característica. Durante a última glaciação Wurm, que ocorreu há cerca de 20 000 anos, neves permanentes instalaram-se a cotas superiores aos 1600 metros, alimentando línguas de gelo que desciam pelos vales, formando os glaciares, deixando na serra numerosos vestígios.
De toda esta sequência de acontecimentos encontramos nas rochas vestígios e aspectos que bem as documentam, quer através da presença dos fósseis, restos de seres vivos que viveram no passado, quer dos processos sedimentares, magmáticos, metamórficos e tectónicos que as originaram e finalmente as modelaram constituindo a sua geodiversidade.
Os Locais de Interesse Geológico (LIG’s) evidenciam todo este conjunto de fenómenos e constituem, na sua globalidade, o Património Geológico da região.
Itinerário da actividade:
A visita consta de um percurso efectuado em autocarro na serra da Estrela, com paragens em Locais de Interesse Geológico situados ao longo do trajecto Seia – Manteigas - Nave de Santo António – Torre -Lagoa Comprida - Seia. Nalguns locais serão efectuados percursos pedestres.
Ponto de encontro:
CISE - Centro de Interpretação da Serra da Estrela - Rua Visconde de Molelos, Seia; 9h00m.
Notas:
Recomenda-se o uso de calçado e vestiário adequado, bem como o uso de protector solar.
O almoço é em regime de piquenique e da responsabilidade dos participantes.
Monitores:
Jorge Dinis (Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra) e José Conde (CISE)
Constituída por granitos e xistos, a serra resulta de uma longa história geológica que se iniciou na Era Paleozóica, há mais de 500 milhões de anos (Ma) nos mares do hemisfério Sul, com a deposição de sedimentos que originaram o Complexo Xisto-Grauváquico, constituindo as rochas mais antigas da região. Há cerca de 300 Ma, durante a orogenia hercínica, magnas graníticas instalam-se nos níveis superiores da crusta, tendo aí arrefecido e cristalizado, originando os granitos que hoje ocorrem na região.
Durante a Era Mesozoíca (250-65 Ma) um importante ciclo erosivo arrasou as antigas montanhas hercínicas e produziu extensas superfícies aplanadas que foram sendo sucessivamente retocadas, até que no Tortoniano (10 Ma), já da era Cenozóica, se modelou a grande aplanação da Superfície Fundamental da Meseta, bem expressa na paisagem actual.
A actuação dos movimentos tectónicos hercínicos deformou e fracturação as rochas, tendo as tensões provocadas pela orogenia alpina originado deslocações de blocos, responsáveis pela elevação da serra.
A história geológica mais recente modelou as formas que hoje constituem esta paisagem tão característica. Durante a última glaciação Wurm, que ocorreu há cerca de 20 000 anos, neves permanentes instalaram-se a cotas superiores aos 1600 metros, alimentando línguas de gelo que desciam pelos vales, formando os glaciares, deixando na serra numerosos vestígios.
De toda esta sequência de acontecimentos encontramos nas rochas vestígios e aspectos que bem as documentam, quer através da presença dos fósseis, restos de seres vivos que viveram no passado, quer dos processos sedimentares, magmáticos, metamórficos e tectónicos que as originaram e finalmente as modelaram constituindo a sua geodiversidade.
Os Locais de Interesse Geológico (LIG’s) evidenciam todo este conjunto de fenómenos e constituem, na sua globalidade, o Património Geológico da região.
Itinerário da actividade:
A visita consta de um percurso efectuado em autocarro na serra da Estrela, com paragens em Locais de Interesse Geológico situados ao longo do trajecto Seia – Manteigas - Nave de Santo António – Torre -Lagoa Comprida - Seia. Nalguns locais serão efectuados percursos pedestres.
Ponto de encontro:
CISE - Centro de Interpretação da Serra da Estrela - Rua Visconde de Molelos, Seia; 9h00m.
Notas:
Recomenda-se o uso de calçado e vestiário adequado, bem como o uso de protector solar.
O almoço é em regime de piquenique e da responsabilidade dos participantes.
Monitores:
Jorge Dinis (Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra) e José Conde (CISE)
A inscrição é obrigatória e deverá ser feita
cienciaviva.pt/veraocv
........................
via montesherminios.blogspot.com
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