
Zacuto, expulso de Espanha pela acção do inquisidor Torquemada, emigra para Lisboa e publica em 1496 o « Almanach Perpetum Celestium Motuum ». Este foi um dos 4 primeiros livros publicados em Portugal após a invenção da imprensa e a primeira a utilizar os tipos soltos do sistema Gutemberg. Essa obra foi editada e traduzida de hebreu para latim e castelhano por José Vizinho, que já conhecia as tabelas solares manuscritas, desde 1483. As tabelas de declinação do sol aí descritas eram usadas pelos capitães e pilotos nas suas naus.
Cristovão Colombo, amigo do cosmógrafo, nas notas da sua viagem para a América, mostra bem quão importante era a técnica de Vizinho deixando referências registadas em notas escritas. Provavelmente, deve-se a Mestre José a tábua única editada no Guia de Munique.
Dia a dia, passou a ser possível avaliar latitude atingida pelo navio e Vizinho provou igualmente que a navegação sobre e a sul do equador era praticável. Da mesma forma, a consequente prática de navegação provou que as tabelas por si elaboradas para marinheiros, eram excelentes para aplicarem a todas as latitudes ( D. W. Waters ). Uma tábua ( tabela ) sua serviu aos navegantes de 1485 a 1497, tendo sido usada também por Colombo e Bartolomeu Dias. Colombo esclarece mesmo que das observações de « mestre José, físico e astrólogo » se obtiveram resultados muito interessantes acerca da extensão do arco do meridiano terrestre, que aliás diz ter pessoalmente confirmado.
O astrolábio náutico tornou-se um aparelho de concepção portuguesa apesar de derivado do astrolábio planisférico.
Como cosmógrafo, Vizinho auxiliou a seu conterrâneo Pêro da Covilhã na elaboração de um globo terrestre para este explorar e participou na reunião onde Cristovão Colombo apresentou o projecto de atingir a Índia, a D. João II. Finalmente, Mestre José Judeu ( Vizinho ) desenvolveu o primeiro astrolábio, ainda que rudimentar ( teve a colaboração de mestre Rodrigo e Martin Behaim ) com que « Tão rusticamente começou a arte que tanto fruto tem dado ao navegar ». Segundo João de Barros, este astrolábio de madeira era « pau de três palmos de diâmetro, o qual armavam em três paus à maneira de cábrea por melhor seguir a linha solar, e mais verificada e distintamente poderem saber a verdadeira altura daquele lugar ».
José Vizinho deve ser considerado um dos maiores responsáveis pela revolução da náutica astronómica como medida decisiva para orientar a navegação.
Link: RTSE
Cristovão Colombo, amigo do cosmógrafo, nas notas da sua viagem para a América, mostra bem quão importante era a técnica de Vizinho deixando referências registadas em notas escritas. Provavelmente, deve-se a Mestre José a tábua única editada no Guia de Munique.
Dia a dia, passou a ser possível avaliar latitude atingida pelo navio e Vizinho provou igualmente que a navegação sobre e a sul do equador era praticável. Da mesma forma, a consequente prática de navegação provou que as tabelas por si elaboradas para marinheiros, eram excelentes para aplicarem a todas as latitudes ( D. W. Waters ). Uma tábua ( tabela ) sua serviu aos navegantes de 1485 a 1497, tendo sido usada também por Colombo e Bartolomeu Dias. Colombo esclarece mesmo que das observações de « mestre José, físico e astrólogo » se obtiveram resultados muito interessantes acerca da extensão do arco do meridiano terrestre, que aliás diz ter pessoalmente confirmado.
O astrolábio náutico tornou-se um aparelho de concepção portuguesa apesar de derivado do astrolábio planisférico.
Como cosmógrafo, Vizinho auxiliou a seu conterrâneo Pêro da Covilhã na elaboração de um globo terrestre para este explorar e participou na reunião onde Cristovão Colombo apresentou o projecto de atingir a Índia, a D. João II. Finalmente, Mestre José Judeu ( Vizinho ) desenvolveu o primeiro astrolábio, ainda que rudimentar ( teve a colaboração de mestre Rodrigo e Martin Behaim ) com que « Tão rusticamente começou a arte que tanto fruto tem dado ao navegar ». Segundo João de Barros, este astrolábio de madeira era « pau de três palmos de diâmetro, o qual armavam em três paus à maneira de cábrea por melhor seguir a linha solar, e mais verificada e distintamente poderem saber a verdadeira altura daquele lugar ».
José Vizinho deve ser considerado um dos maiores responsáveis pela revolução da náutica astronómica como medida decisiva para orientar a navegação.
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