Câmara da Covilhã negoceia empréstimos de 30 milhões com a banca

A Câmara da Covilhã vai renegociar empréstimos bancários no valor de 30 milhões de euros, numa medida destinada a reduzir custos, segundo o presidente da autarquia.

"Trata-se de uma reprogramação de empréstimos que já existem, uma vez que o mercado apresenta taxas mais vantajosas", referiu Carlos Pinto (PSD), presidente da Câmara da Covilhã.
A autarquia vai contrair dois financiamentos, no valor de 18 e 11 milhões de euros, para pagar empréstimos de igual valor contraídos entre 1998 e 2001, mandatos liderados por Carlos Pinto.
"Estas negociações fazem parte do dia-a-dia. Até as famílias, quando compram casa, tem pagamentos a 20 anos e vão ao banco pedir para pagarem em 25", exemplificou o autarca.
A maioria PSD estima que a renegociação permita poupar, pelo menos, 400 mil euros.

Medida incomoda oposição
Para o vereador do PS Vítor Pereira, "a maioria PSD quer pagar daqui a quatro anos, o que devia começar a pagar hoje".
"A situação torna-se incomportável e indigna-nos que os futuros executivos sejam condicionados desta forma", criticou.
Vítor Pereira e Serra dos Reis, os dois vereadores do PS na câmara, votaram contra a renegociação de empréstimo na reunião da última sexta-feira, que acabou por ser aprovada com os votos da maioria PSD.
Face às críticas, Carlos Pinto considera que os socialistas "não têm noção do que é gerir uma câmara".
"Esta operação aproveita as condições de mercado para reduzir custos", sublinhou.
A renegociação dos empréstimos bancários terá ainda de ser votada pela Assembleia Municipal da Covilhã.

Público