A distrital de Lisboa e a direcção de Manuela Ferreira Leite entraram em ruptura. Tudo por causa das listas de deputados e da proposta da líder de incluir António Preto e Helena Lopes da Costa, deputados e arguidos em processos, na lista de Lisboa.
A distrital também não gostou da subalternização do primeiro nome por si sugerido, que aparece apenas em 17.º lugar, uma zona cinzenta.
Ao PÚBLICO, o líder da distrital lisboeta, Carlos Carreiras, não quis pronunciar-se sobre nomes, mas admitiu que a proposta que ouviu de Ferreira Leite é “uma derrota pessoal”. “Vou ponderar as ilações a retirar”, afirmou.
Não considera, para já, o cenário de demissão, devido aos compromissos que tem com militantes do partido, quer para as legislativas, quer para as autárquicas de Outubro. Ainda assim, Carreiras disse ter reservas quanto às listas, por incluírem pessoas que representam “um passado em que se aplicaram más práticas”.
O deputado António Preto é arguido num processo por crimes de fraude fiscal e falsificação e Helena Lopes da Costa é arguida num processo de abuso de poder por atribuição irregular de casas municipais quando era vereadora na Câmara de Lisboa.
A decisão surge no dia da condenação a sete anos de prisão de Isaltino Morais, ex-autarca do PSD e cuja candidatura foi recusada pelo então líder social-democrata, Marques Mendes, há quatro anos, por ser arguido.
Hoje, antes de ser conhecida a sentença, Manuela Ferreira Leite afirmou que o PSD está disponível a apoiar iniciativas de "maior transparência da vida política", mas "não em véspera de eleições", referindo-se à possibilidade de cidadãos acusados, pronunciados ou condenados serem impedidos de se candidatar.
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