terça-feira, agosto 04, 2009

«Esta história resume-se a: um jurista (agora é assim que gostam de ser chamados) david fontes neves, avençado a peso de ouro pela CMC»

... apurar o significado de caloteiro...

Esta história resume-se a: um jurista (agora é assim que gostam de ser chamados) david fontes neves, avençado a peso de ouro pela câmara municipal da covilhã, fazendo justiça à dita avença, endereçou ao tribunal judicial da covilhã uma acção de processo comum ordinário, reclamando o pagamento da renda em atraso, no valor de 95 000 euros, por parte do estado português, respeitante ao aluguer do tribunal da covilhã e ao do estabelecimento prisional.

Tendo a câmara da covilhã, em abril do corrente, cessado um contrato de comodato, em vigor desde há mais de 50 anos, ao ministério da justiça, ficava a alternativa de pagar renda ou devolver os edifícios, o que até agora... nem uma coisa nem outra.

Nesta história nada nos incita ao optimismo, e, ou somos muito estúpidos, ou estamos perante mais-que-presumível peri-pateta e desagradabilíssima trica de comadres. Equivocam-se os que aqui tomarem partido, os que se contentam com um prato de comida e um copo de água e cujo olhar não vai além da tampa da sanita, nada aqui nos permite poupar o estado português no papel do caloteiro-mau-pagador(sinalizo a redundância), que não paga a ocupação de celas, solitárias, refeitório, gabinetes, residências do carcereiro, escadas, sanitários... dos dois andares da Conde da Ericeira, e também não paga, nem diz porque não o faz, a ocupação dos átrios, arquivos, instalações sanitárias, arquivos, gabinetes, salas de audiências, salas de testemunhas, mais sanitários… da casa de alvenaria da Rua Conde da Ericeira.

Muito bem doutor david fontes neves, se o estado não tem por hábito pagar a quem deve, quando está em questão essa massa toda, é mesmo necessário fazer de tudo para a recuperar, nem que seja pendurá-los no pelourinho! Não se infira já nas minhas palavras uma tentativa de aproximação politica, pois nessa matéria eu já catastematicamente me agnosticizei.

Só mais uma coisinha insignificante, estou com um resíduo de dificuldade na compreensão do timing deste acto de bondade intrínseca…cinquenta annnnos???? Mais de cinquenta annnnnnos? Por Júpiter! Mas por que carga de água se lembrou, o citado jurista, ao serviço de sua magestade provincianesca, de vir só agora de tocar o sino? Aconteceu algo de novo? Os contratos de comodato expiraram? Não teria sido mais oportuno no primeiro mandato deste executivo? Façam as contas ao dinheiro que esta câmara andou a subtrair aos seus munícipes pelo arrastar deste comodato contrato. Eu não me atrevo a tanto, mas não ficaria admirada em ouvir a algum dos nossos munícipes chamar a isto uma “ganda roubalheira”, ou “oportunismo político descarado na aproximação de um campeonato tão renhido PS/PSD”, ou uma “ganda maroscada”… eu, como disse, não me atreveria a tanto…

Faria eu própria as contas ao montante desta subtracção, uma porrada de zeros à direita com certeza, que exigiriam humedecer o bico do lápis uma porrada de vezes, se calhar até dava para construir um centro de artes, … mas logo, por muito, muito azar, vai começar um episódio do Doutor House, que imaginem… ainda não vi!!!

ana monteiro

2 comentários:

Anónimo disse...

Cá para mim ainda vamos ficar é sem Tribunal...

Anónimo disse...

Já deviam ter ficado! Sem tribunal/ tribunais (tb existe o Tribunal do Trabalho) e sem Estabelecimento Presional.
E já agora sem finanças, sem ... sei lá que mais.