EDP comemorou dia 29 de Julho os 100 anos da constituição da Empresa Hidroeléctrica da Serra da Estrela (EHESE). Na cerimónia, que contou com a presença de diversos administradores da eléctrica nacional, coube a Luís Rente fazer uma resenha história do que foi a evolução da empresa e também do Concelho com o surgimento da empresa.
A EHESE foi constituída no dia 7 de Julho de 1909, por escritura celebrada em Gouveia, tendo como intervenientes António Marques da Silva, António Rodrigues Frade, Guilherme Cardoso Pessoa e António Rodrigues Nogueira. Foram seus presidentes, sucessivamente, António Marques da Silva (1909-1953), Carlos Machado Ribeiro Ferreira (1954-1959), Manuel Bastos Mendes (1960-1970), João Gomes de Almeida Rezende (1971-1974).
Para a empresa foram transferidos os direitos e deveres da concessão do alvará régio, de 25 de Setembro de 1908, que permitia o aproveitamento das águas do rio Alva, entre as freguesias do Sabugueiro e São Romão, no Concelho de Seia, para a “criação de força motriz”, ou seja, “produção de energia eléctrica”. A concessão foi sucessivamente confirmada e alargada até culminar, mais de cinquenta anos depois, com a concessão do aproveitamento das águas do Maciço Central da Serra da Estrela.
Ao longo de quase sete décadas de existência, a EHESE explorou diversas instalações de produção eléctrica, num total de oito centrais, todas hidroeléctricas, das quais construiu cinco, todas na bacia do rio Alva. A primeira foi a da Senhora do Desterro, inaugurada no dia 26 de Dezembro de 1909), seguiram-se a da Ponte de Jugais (inaugurada em 16 de Novembro de 1923), de Vila Cova (1937) e a do Sabugueiro (18 de Março de 1947). Posteriormente, no dia 26 de Dezembro de 1959, entrou ao serviço a quinta central, Senhora do Desterro II, localizada junto à central construída cinquenta anos antes. Outras obras emblemáticas foi a construção da barragem da Lagoa Comprida, cujos trabalhos tiveram início no ano de 1911 e sempre a decorrer até 1966, e todos os canais e câmaras de carga para transportar a água.
A EHESE, que desde sempre adoptou uma organização integrada de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica, veio a actuar em 25 concelhos dos distritos da Guarda, Viseu e Castelo Branco, com uma área de intervenção directa superior a 10 por cento de todo o território de Portugal Continental.
Segundo o professor Luís Rente, foram «fortíssimos» os impactos económicos da instalação da EHESE no Concelho de Seia e também nos concelhos que se constituíram como seu território de intervenção. «A importância económica da EHESE revelou-se não só pelo significativo número de concelhos que abasteceu mas sobretudo pelas suas ligações com a actividade industrial das áreas da sua concessão – têxteis (Covilhã, Gouveia e Seia), mineiras (Belmonte, Urgeiriça, Penamacor) metalúrgicas (Canas de Senhorim), papeleiras (Pextrafil-Viseu) e ainda pela articulação com outras empresas produtoras (a CEB, a CHENOP, a UEP)», sublinhou.
Quantos aos impactos sócio-culturais, falou na criação da Cantina, do Refeitório e do Serviço Médico e de Enfermagem. A empresa possuía também o seu Clube do Pessoal, responsável pela organização de actividades culturais e desportivas. Outro dos impactos citados por Luís Rente foi a doação dos terrenos da Quinta da Carvalha, onde viria a edificar-se o Centro Paroquial. Na escritura de doação referia-se a intenção de que “fique sempre lembrado o nome do homenageado que tanto contribuiu pelo seu esforço e inteligência para o progresso da vila de Seia”. (...)
Para a empresa foram transferidos os direitos e deveres da concessão do alvará régio, de 25 de Setembro de 1908, que permitia o aproveitamento das águas do rio Alva, entre as freguesias do Sabugueiro e São Romão, no Concelho de Seia, para a “criação de força motriz”, ou seja, “produção de energia eléctrica”. A concessão foi sucessivamente confirmada e alargada até culminar, mais de cinquenta anos depois, com a concessão do aproveitamento das águas do Maciço Central da Serra da Estrela.
Ao longo de quase sete décadas de existência, a EHESE explorou diversas instalações de produção eléctrica, num total de oito centrais, todas hidroeléctricas, das quais construiu cinco, todas na bacia do rio Alva. A primeira foi a da Senhora do Desterro, inaugurada no dia 26 de Dezembro de 1909), seguiram-se a da Ponte de Jugais (inaugurada em 16 de Novembro de 1923), de Vila Cova (1937) e a do Sabugueiro (18 de Março de 1947). Posteriormente, no dia 26 de Dezembro de 1959, entrou ao serviço a quinta central, Senhora do Desterro II, localizada junto à central construída cinquenta anos antes. Outras obras emblemáticas foi a construção da barragem da Lagoa Comprida, cujos trabalhos tiveram início no ano de 1911 e sempre a decorrer até 1966, e todos os canais e câmaras de carga para transportar a água.
A EHESE, que desde sempre adoptou uma organização integrada de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica, veio a actuar em 25 concelhos dos distritos da Guarda, Viseu e Castelo Branco, com uma área de intervenção directa superior a 10 por cento de todo o território de Portugal Continental.
Segundo o professor Luís Rente, foram «fortíssimos» os impactos económicos da instalação da EHESE no Concelho de Seia e também nos concelhos que se constituíram como seu território de intervenção. «A importância económica da EHESE revelou-se não só pelo significativo número de concelhos que abasteceu mas sobretudo pelas suas ligações com a actividade industrial das áreas da sua concessão – têxteis (Covilhã, Gouveia e Seia), mineiras (Belmonte, Urgeiriça, Penamacor) metalúrgicas (Canas de Senhorim), papeleiras (Pextrafil-Viseu) e ainda pela articulação com outras empresas produtoras (a CEB, a CHENOP, a UEP)», sublinhou.
Quantos aos impactos sócio-culturais, falou na criação da Cantina, do Refeitório e do Serviço Médico e de Enfermagem. A empresa possuía também o seu Clube do Pessoal, responsável pela organização de actividades culturais e desportivas. Outro dos impactos citados por Luís Rente foi a doação dos terrenos da Quinta da Carvalha, onde viria a edificar-se o Centro Paroquial. Na escritura de doação referia-se a intenção de que “fique sempre lembrado o nome do homenageado que tanto contribuiu pelo seu esforço e inteligência para o progresso da vila de Seia”. (...)
portadaestrela.com
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Biografia (resumida) da vida e obra de António Marques da Silva
via seiaportugal.blogspot.com
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Biografia (resumida) da vida e obra de António Marques da Silva
via seiaportugal.blogspot.com
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