Receitas de 10 anos hipotecadas para garantir empréstimo junto da banca. Assim se pagarão os reforços desta época.
O Benfica hipotecou receitas de 10 anos para conseguir pagar os passes dos jogadores que reforçarão a equipa esta época. A SAD encarnada já gastou perto de 24 milhões de euros em reforços.
O Benfica hipotecou receitas de 10 anos para conseguir pagar os passes dos jogadores que reforçarão a equipa esta época. A SAD encarnada já gastou perto de 24 milhões de euros em reforços.
O contrato assinado com a Sagres no dia 21 de Julho, no valor de 40 milhões de euros e válido por 10 anos, é a principal garantia prevista no plano de endividamento junto da banca. Segundo as fontes contactadas pelo i, o clube presidido por Luís Filipe Vieira estará, neste momento, a ultimar detalhes de um financiamento junto do BES, tendo dado como garantia do empréstimo as receitas do acordo celebrado com a Centralcer, dona da marca de cerveja Sagres.
Até 2021, os encarnados receberão da cervejeira 40 milhões de euros. Caso o Benfica falhe o pagamento dos empréstimos que entretanto vierem a ser contraídos, este dinheiro seguirá directo para o banco, para abater o passivo.
Em Maio, o Benfica era um clube vendedor, a enfrentar os efeitos da crise e, pior, sem receitas extraordinárias de venda de jogadores ou de campanhas bem-sucedidas na Europa (não houve Champions e a Taça UEFA não deu mais do que a fase de grupos). Nos primeiros nove meses da época passada, acumulou-se um prejuízo de 18,4 milhões e a ideia era apostar na continuidade do treinador, aproveitando alguns dos activos existentes, sem abrir cordões à bolsa. "Não é fácil manter o equilíbrio da tesouraria sem vender jogadores", dizia o administrador Domingos Soares Oliveira.
À pressão Sai um Benfica imperial. À pressão. A política inverteu-se, Quique Flores foi despedido e os reforços começaram a aparecer a ritmo surpreendente. Entre os mais caros e mediáticos, Ramires (internacional brasileiro, 7,5 milhões) iniciou uma lista onde estão Javi García (sete milhões) e Saviola (cinco milhões). Curiosamente, o argentino foi confirmado à CMVM precisamente no dia em que Vieira e Alberto da Ponte, CEO da Sagres, oficializaram o patrocínio que tinha começado a ser negociado no início do ano. Ninguém confirmou números oficiais mas o i sabe que o acordo, transversal a todas as modalidades, vale 40 milhões de euros.
E é este negócio com a Sagres que confere alguma margem para reduzir passivo mas, bem como para pedir dinheiro ao banco e gastar praticamente o mesmo que há um ano, quando Vieira e Rui Costa depositaram esperança e 24 milhões de euros nas mãos de Quique. Vieram Aimar, Carlos Martins, Balboa e Suazo, o Benfica voltou a terminar em terceiro e o projecto foi interrompido para dar lugar a Jorge Jesus.
"Salvaguardámos o futuro do Benfica", disse Vieira, quando assinou com a Sagres. Talvez não o quisesse dizer mas salvação também passa pela conquista de resultados desportivos e foi por isso que jogou tudo no fortalecimento da equipa colocada à disposição de Jesus. "Temos serenidade para investir no core business e ganhar não um mas dois ou três campeonatos seguidos", garantiu.
Naming Na linha dos negócios surpreendentes que o Benfica tenta fazer, o próximo pode ser o do naming do estádio, dossiê aberto logo após a inauguração mas ainda à espera da melhor oferta. "Temos continuado a fazer propostas no mercado. São difíceis e complexas porque envolvem valores significativos, mas posso dizer que estamos a discutir essa solução com mais de uma identidade", Soares Oliveira em Dezembro ao Público.
O mercado português está longe da realidade observada lá fora. O Manchester United, por exemplo, assinou com a financeira Aon um contrato de quatro anos por de 92 milhões de euros e o Bayern encaixou 79 milhões da T-Home por outras quatro temporadas. O Benfica joga noutro Mundo mas, mesmo assim, por valores à primeira vista surpreendentes que lhe permitem o desafogo para investir na equipa.
ionline.pt
Até 2021, os encarnados receberão da cervejeira 40 milhões de euros. Caso o Benfica falhe o pagamento dos empréstimos que entretanto vierem a ser contraídos, este dinheiro seguirá directo para o banco, para abater o passivo.
Em Maio, o Benfica era um clube vendedor, a enfrentar os efeitos da crise e, pior, sem receitas extraordinárias de venda de jogadores ou de campanhas bem-sucedidas na Europa (não houve Champions e a Taça UEFA não deu mais do que a fase de grupos). Nos primeiros nove meses da época passada, acumulou-se um prejuízo de 18,4 milhões e a ideia era apostar na continuidade do treinador, aproveitando alguns dos activos existentes, sem abrir cordões à bolsa. "Não é fácil manter o equilíbrio da tesouraria sem vender jogadores", dizia o administrador Domingos Soares Oliveira.
À pressão Sai um Benfica imperial. À pressão. A política inverteu-se, Quique Flores foi despedido e os reforços começaram a aparecer a ritmo surpreendente. Entre os mais caros e mediáticos, Ramires (internacional brasileiro, 7,5 milhões) iniciou uma lista onde estão Javi García (sete milhões) e Saviola (cinco milhões). Curiosamente, o argentino foi confirmado à CMVM precisamente no dia em que Vieira e Alberto da Ponte, CEO da Sagres, oficializaram o patrocínio que tinha começado a ser negociado no início do ano. Ninguém confirmou números oficiais mas o i sabe que o acordo, transversal a todas as modalidades, vale 40 milhões de euros.
E é este negócio com a Sagres que confere alguma margem para reduzir passivo mas, bem como para pedir dinheiro ao banco e gastar praticamente o mesmo que há um ano, quando Vieira e Rui Costa depositaram esperança e 24 milhões de euros nas mãos de Quique. Vieram Aimar, Carlos Martins, Balboa e Suazo, o Benfica voltou a terminar em terceiro e o projecto foi interrompido para dar lugar a Jorge Jesus.
"Salvaguardámos o futuro do Benfica", disse Vieira, quando assinou com a Sagres. Talvez não o quisesse dizer mas salvação também passa pela conquista de resultados desportivos e foi por isso que jogou tudo no fortalecimento da equipa colocada à disposição de Jesus. "Temos serenidade para investir no core business e ganhar não um mas dois ou três campeonatos seguidos", garantiu.
Naming Na linha dos negócios surpreendentes que o Benfica tenta fazer, o próximo pode ser o do naming do estádio, dossiê aberto logo após a inauguração mas ainda à espera da melhor oferta. "Temos continuado a fazer propostas no mercado. São difíceis e complexas porque envolvem valores significativos, mas posso dizer que estamos a discutir essa solução com mais de uma identidade", Soares Oliveira em Dezembro ao Público.
O mercado português está longe da realidade observada lá fora. O Manchester United, por exemplo, assinou com a financeira Aon um contrato de quatro anos por de 92 milhões de euros e o Bayern encaixou 79 milhões da T-Home por outras quatro temporadas. O Benfica joga noutro Mundo mas, mesmo assim, por valores à primeira vista surpreendentes que lhe permitem o desafogo para investir na equipa.
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