"Dizem-me que, após 85 anos de história, o Sporting da Covilhã vive um sufrágio singular, porque pioneiro, uma vez que se apresentam duas listas candidatas aos órgãos sociais do clube.
Curiosa a coincidência de singularidades pioneiras: é que àquela somar-se-á a da minha primeira participação em actos eleitorais do clube decorridas, que estão, várias décadas como sócio.
Esta última coincidência, ao contrário do que possa parecer, não decorreu da primeira… não. Há muito que havia decidido participar, de forma mais activa e directa, na escolha de amanhã, mesmo desconhecendo, na altura, o número de listas e candidatos (ou vice-versa) que se viriam a perfilar.
E a forma mais directa de participar é, sem dúvida, exercer o direito (e o dever) de votar.
Votar é, no limite, tomar uma decisão que assume, no acto, uma escolha. Quando não há alternativas, a “escolha”, se é que se poderá usar tal epíteto sem as aspas aqui usadas, é o resultado de uma decisão condicionada, à partida, por tal facto.
A existência de alternativas, pelo contrário, consubstancia e reforça a ideia da conjugação de um direito com um dever, quando se vota. Por este facto, considero que a coincidência da minha decisão conjugada com a coincidência da existência de alternativas e, portanto, de possibilidade de escolha, é em si uma feliz coincidência.
Confesso que esperava um período eleitoral profícuo no esclarecimento das alternativas em contenda, como forma de apoio à tomada de decisão dos sócios mas, na minha opinião, tal não aconteceu.
Apresentaram-se equipas dirigentes dispostas a encetar o trabalho futuro, falou-se da história do clube (mais ou menos recente), reiterou-se confiança na equipa técnica (ao mesmo tempo que se comentavam resultados menos conseguidos pela equipa de futebol), elencaram-se objectivos para o futuro (nalguns casos comuns a ambos projectos), analisou-se o passado recente (com mais ou menos fulgor, e, em determinadas situações numa tentativa de passar borracha na participação de alguns nesse mesmo passado), definiram-se lemas de campanha (alguns, na minha opinião, anacrónicos), etc…etc…etc… mas sobre o futuro posicionamento do Clube, nomeadamente face à actual situação conjuntural, pouco foi dito…
Portanto, na minha opinião, a escolha será condicionada fortemente pela resposta à questão de saber se à alternativa que apareceu deve somar-se uma alternância na condução dos destinos do clube o que, sinceramente, não vislumbro como principal prioridade no seu presente e futuro próximos.
Importante será uma elevada participação de sócios, no acto eleitoral, que legitime, de forma inequívoca, os futuros responsáveis dos órgãos sociais dando à Instituição a tranquilidade e estabilidade necessárias para prosseguir o seu caminho.
É com esse propósito que, amanhã, exercerei o meu direito e o meu dever, votando."
Pedro Silva
Sócio nº 544
via facebook
2 comentários:
este também quer festa. o sô vereador pedro silva ainda vai dar que falar,
Mais um que se quer meter em tudo que possa dar protagonismo, para sua ambição TACHOS POLÍTICOS...
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