Durante seis dias, seis companhias teatrais portuguesas – A Escola da Noite, ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, Centro Dramático de Évora, Companhia de Teatro de Braga, Teatro das Beiras e Teatro do Montemuro – reuniram-se no âmbito do “IV Festival das Companhias”, que ontem encerrou em Coimbra.
Foi a quarta edição de um Festival que começou em Faro (2005) e já passou por Braga (2008) e pela Serra do Montemuro (2009). Esta edição consolidou as principais linhas de força que têm vindo a ser desenvolvidas pela plataforma informal das companhias:
1) reforçar o conhecimento das identidades e das diferenças artísticas que cada companhia encerra;
2) promover a troca de experiências entre as equipas artísticas, técnicas e de produção de cada companhia, de modo a potenciar as possibilidades de colaboração mútua;
3) alargar o espaço de debate artístico a partir dos espectáculos apresentados ou de iniciativas de co-produção ou outras desenvolvidas no âmbito da Plataforma. Para este debate contribuíram este ano vários convidados externos – críticos, dramaturgos, directores de outras companhias, vereadores da cultura e directores regionais da cultura – que se associaram num diálogo aberto sobre as práticas teatrais, a criação artística nas cidades médias e sobre o sistema teatral português.
O programa do Festival, concentrado no Teatro da Cerca de São Bernardo, integrou ainda espectáculos de rua e um baile popular no Pátio da Inquisição.
Uma centena de participantes directos e mais de um milhar de espectadores testemunharam a diversidade estética e a vitalidade de um conjunto de projectos que persiste em “alargar o país cultural”, aproximar a criação artística das populações e cumprir o desígnio constitucional de proporcionar a fruição da cultura a todos os cidadãos do país.
Durante o Festival os participantes receberam a notícia de um corte “cego” nas verbas contratualizadas com o Ministério da Cultura para o ano corrente, que nos coloca perante um cenário “dramático” (Ministra dixit). Este corte vem afectar as companhias da Plataforma e as estruturas congéneres espalhadas pelo país, responsáveis pela criação de centenas de empregos, e vem pôr em causa, pelos seus efeitos retroactivos, os compromissos já firmados em projectos comunitários, autárquicos e com outras estruturas artísticas e culturais no plano nacional e internacional.
Trata-se de mais uma medida que, justificada pela crise, acrescenta crise à crise. Lembramos que a área cultural tem sido fustigada por cortes brutais nesta década que há muito têm desestruturado e destroçado mesmo o seu capital humano e organizativo, contra a corrente das sucessivas promessas e auto-críticas feitas, já em plena crise, pelo Primeiro-Ministro e o seu Governo.
A este respeito, e em resposta à carta que receberam da Ministra da Cultura no passado sábado, as seis companhias da Plataforma redigiram um documento que enviaram, nesta mesma data, para o Ministério da Cultura, para a Direcção-Geral das Artes, para as Direcções Regionais da Cultura e para os representantes dos grupos parlamentares da Assembleia da República.
Foi a quarta edição de um Festival que começou em Faro (2005) e já passou por Braga (2008) e pela Serra do Montemuro (2009). Esta edição consolidou as principais linhas de força que têm vindo a ser desenvolvidas pela plataforma informal das companhias:
1) reforçar o conhecimento das identidades e das diferenças artísticas que cada companhia encerra;
2) promover a troca de experiências entre as equipas artísticas, técnicas e de produção de cada companhia, de modo a potenciar as possibilidades de colaboração mútua;
3) alargar o espaço de debate artístico a partir dos espectáculos apresentados ou de iniciativas de co-produção ou outras desenvolvidas no âmbito da Plataforma. Para este debate contribuíram este ano vários convidados externos – críticos, dramaturgos, directores de outras companhias, vereadores da cultura e directores regionais da cultura – que se associaram num diálogo aberto sobre as práticas teatrais, a criação artística nas cidades médias e sobre o sistema teatral português.
O programa do Festival, concentrado no Teatro da Cerca de São Bernardo, integrou ainda espectáculos de rua e um baile popular no Pátio da Inquisição.
Uma centena de participantes directos e mais de um milhar de espectadores testemunharam a diversidade estética e a vitalidade de um conjunto de projectos que persiste em “alargar o país cultural”, aproximar a criação artística das populações e cumprir o desígnio constitucional de proporcionar a fruição da cultura a todos os cidadãos do país.
Durante o Festival os participantes receberam a notícia de um corte “cego” nas verbas contratualizadas com o Ministério da Cultura para o ano corrente, que nos coloca perante um cenário “dramático” (Ministra dixit). Este corte vem afectar as companhias da Plataforma e as estruturas congéneres espalhadas pelo país, responsáveis pela criação de centenas de empregos, e vem pôr em causa, pelos seus efeitos retroactivos, os compromissos já firmados em projectos comunitários, autárquicos e com outras estruturas artísticas e culturais no plano nacional e internacional.
Trata-se de mais uma medida que, justificada pela crise, acrescenta crise à crise. Lembramos que a área cultural tem sido fustigada por cortes brutais nesta década que há muito têm desestruturado e destroçado mesmo o seu capital humano e organizativo, contra a corrente das sucessivas promessas e auto-críticas feitas, já em plena crise, pelo Primeiro-Ministro e o seu Governo.
A este respeito, e em resposta à carta que receberam da Ministra da Cultura no passado sábado, as seis companhias da Plataforma redigiram um documento que enviaram, nesta mesma data, para o Ministério da Cultura, para a Direcção-Geral das Artes, para as Direcções Regionais da Cultura e para os representantes dos grupos parlamentares da Assembleia da República.
Coimbra, 28 de Junho de 2010.
A Escola da Noite (Coimbra)
ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve
CENDREV – Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
Teatro das Beiras (Covilhã)
Teatro do Montemuro (Campo Benfeito, Castro Daire)
Teatro das Beiras
Travessa da Trapa nº 2, Apartado 261
6201-909 Covilhã
tlf.: 275 336 163
fax.: 275 334 585
tlm.: 963 055 909
e-mail: geral@teatrodasbeiras.pt
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