Em tempos de crise, a teoria política do bloco central em Portugal ou do bloco central de interesses Europeus ou Mundial diz-nos basicamente que os cortes nas “despesas” sociais são uma inevitabilidade. E que perante a falta de recursos e a canalização dos existentes para outros fins - financiamento da banca, cobertura dos buracos e dos abismos financeiros, défice -, é praticamente obrigatório que se corte na despesa social. Não há nada de mais errado. Apesar de a crise não ter sido originada pelos pobres são os pobres que mais sofrem com ela. Pobres e a classe média, principalmente a classe média baixa. O desemprego alastra-se, as pessoas ficam sem o seu ganha-pão, e as que ainda têm o luxo de ter um subsídio de desemprego, depois de tantos descontos, continuam a não ter recursos suficientes para um nível de vida digno. Para a recuperação económica é necessário estimular o consumo, e promover actividades inovadoras e alternativas que gerem emprego. Portanto corte em subsídios e apoios sociais são a forma mais simplista mas ao mesmo tempo mais demagógica e oportunista (porque divide os de baixo) de responder à crise. Cortando no social apenas estamos a promover a estagnação económica e o empobrecimento real das pessoas.
É por isso que o corte que a Câmara Municipal da Covilhã vai fazer na área social não se justifica nem é justificável. Carlos Pinto diz-nos que “não há volta a dar”. Mas há sempre volta a dar. A política é feita de escolhas. Cortar na área social é abdicar de um combate sério pelas pessoas, em particular pelas que menos têm.
Quanta despesa fizemos com o estágio da selecção? Qual foi a factura? E qual foi o retorno para a cidade a pequena escala? E a média escala qual será? Porque três concertos seguidos no Jardim do Lago e agora uma inércia cultural na cidade incapaz de mobilizar vontades e cultivar o optimismo? O que é feito da maior e mais dinâmica feira da Covilhã, a feira de S. Tiago? Há um ano já se ouvia falar dela… E formas de inovar as feiras no Município? E formas de trazer as pessoas ao centro e ao comércio tradicional? E qual a factura das celebrações do 140 anos da elevação a cidade? Não era possível um plano menos dispendioso e mais eficaz?
Que alternativas foram, afinal de contas, economicamente avaliadas do ponto de vista da despesa do Município para que se diga que não há volta a dar e o corte na despesa social é uma inevitabilidade? Apoiar quem tem menos não é bónus que a Câmara dá quando pode e tira quando acha que não pode… Apoiar quem tem menos é um dever! Seja através da habitação social, prestações sociais, alimentação, saúde… Se tem de haver rigor? Obviamente que tem. Contudo a rigorosidade na questão não invalida que da área social estejam dependentes muitas pessoas, que não têm a mentalidade do assistido nem são nenhuns bandidos, só que a estrutura social e económica não lhes permite ter auto-suficiência económica.
Antes da megalomania devem estar a pessoas, porque a verdade é que excentricidades, despesas gasta injustificadamente, derrapagens financeiras, ausência de prioridades sérias e inércia política não matam a fome a absolutamente ninguém! E mais uma vez quem se trama são sempre os de baixo…
É por isso que o corte que a Câmara Municipal da Covilhã vai fazer na área social não se justifica nem é justificável. Carlos Pinto diz-nos que “não há volta a dar”. Mas há sempre volta a dar. A política é feita de escolhas. Cortar na área social é abdicar de um combate sério pelas pessoas, em particular pelas que menos têm.
Quanta despesa fizemos com o estágio da selecção? Qual foi a factura? E qual foi o retorno para a cidade a pequena escala? E a média escala qual será? Porque três concertos seguidos no Jardim do Lago e agora uma inércia cultural na cidade incapaz de mobilizar vontades e cultivar o optimismo? O que é feito da maior e mais dinâmica feira da Covilhã, a feira de S. Tiago? Há um ano já se ouvia falar dela… E formas de inovar as feiras no Município? E formas de trazer as pessoas ao centro e ao comércio tradicional? E qual a factura das celebrações do 140 anos da elevação a cidade? Não era possível um plano menos dispendioso e mais eficaz?
Que alternativas foram, afinal de contas, economicamente avaliadas do ponto de vista da despesa do Município para que se diga que não há volta a dar e o corte na despesa social é uma inevitabilidade? Apoiar quem tem menos não é bónus que a Câmara dá quando pode e tira quando acha que não pode… Apoiar quem tem menos é um dever! Seja através da habitação social, prestações sociais, alimentação, saúde… Se tem de haver rigor? Obviamente que tem. Contudo a rigorosidade na questão não invalida que da área social estejam dependentes muitas pessoas, que não têm a mentalidade do assistido nem são nenhuns bandidos, só que a estrutura social e económica não lhes permite ter auto-suficiência económica.
Antes da megalomania devem estar a pessoas, porque a verdade é que excentricidades, despesas gasta injustificadamente, derrapagens financeiras, ausência de prioridades sérias e inércia política não matam a fome a absolutamente ninguém! E mais uma vez quem se trama são sempre os de baixo…
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