No texto que escrevi à duas semanas atrás falei sobre a importância do centro histórico… Da história que este respira, da sua importância para a coesão social, ambiental, paisagística, cultural, histórica e até económica da cidade. Na altura referi-me ao centro histórico como um centro degradado que descaracteriza a Covilhã e a sua história. Esta semana venho falar sobre outra descaracterização brutal da nossa cidade: a mudança do Mercado Municipal da Covilhã.
O Mercado Municipal da Covilhã dá vida ao centro histórico, chama pessoas ao centro para comprar produtos agrícolas (e não só) da região. Aos sábados de manhã, e também às sextas embora com menos intensidade, o centro histórico ganha uma vida humana imensa. São às dezenas as pessoas que andam pelo centro histórico, que entram e saem da praça com a sua cesta, são às dezenas que tomam o café no centro, que conversam e repovoam o centro cada vez mais despovoado. Nesta lógico o Mercado Municipal tem um papel importantíssimo.
O Mercado localiza-se naquele edifício à 66 anos! Foi inaugurado a 8 de Dezembro de 1943, centralizando vários mercados que existiam na cidade ao ar livre. Foi remodelado em 2000 tornando-se um espaço muito importante para a cidade. A partir de 2007 instalou-se também no seu edifício a Loja Ponto Já destinada aos jovens. Mais recentemente instalou-se no piso superior um Call Center.
Importa fazer esta referência histórica porque na verdade mudar a localização do Mercado Municipal da Covilhã implica fazer uma brutal evasão da história da nossa cidade… O edifício do Mercado vai, ao fim de 66 anos de história e de vivências mudar de instalações. Mas porque?
As visões de certo modo contradizem-se: inicialmente dizia-se que se ia mudar o Mercado porque este já não tinha condições… mas esta semana uma das justificações que Luís Fiadeiro, vice-presidente da CMC, deu para esta mudança foi de que ficaria mais barato construir um edifício novo de raiz do que reabilitar o actual. Ora se esta comparação é feita é porque na verdade é possível reabilitar o actual, podendo porém ser mais caro.
Temos portanto um facto: é possível reabilitar o Mercado Municipal da Covilhã. Mas infelizmente não é isso que vai suceder e a mudança do Mercado vai hoje (sexta-feira) à discussão à Assembleia Municipal (isto depois de a decisão de mudar o edifício já estar consumada… rico debate!)
Na minha opinião mudar um edifício histórico e culturalmente tão importante da nossa cidade só vem demonstrar aquilo que tem ocorrido nos últimos anos: uma profunda descaracterização das marcas históricas da nossa cidade.
Mudar o Mercado para o Campos das Festas é um roubo à história da cidade, é um atentado indesculpável à vivências das nossas gentes e constituiu um (mais um) ataque ao nosso centro histórico.
Mas afinal de contas o que é que vai acontecer ao edifício? Vai ser reabilitado, e nele, vão ser construídos novos Call Centers… Com tantos espaços na cidade para “empregar” precários porque é que se vai destruir um edifício histórico da cidade?
Não é uma questão de interesse, é uma questão de valores! Acima de qualquer interesse, a sensatez implicaria reabilitar o Mercado dando-lhe uma nova vida e novas condições quer para quem lá vende os seus produtos quer para quem lá compra: a insensatez implica vender o Mercado permitindo a destruição dessa nossa história!
Em 2000 quando o Mercado foi reabilitado foi dito que esse investimento que ultrapassou os 500 mil Euros se insere no esforço que a Câmara da Covilhã estava a colocar na revitalização da zona histórica do centro da cidade (). Agora que o vão destruir (moral e culturalmente) qual é a justificação? Onde está o esse suposto interesse pela revitalização da zona histórica do centro da cidade?
Em jeito de nostalgia aqui deixo um texto do “Noticias da Covilhã” do dia 08|12|1943: "Fomos percorrê-lo há dias, na companhia de uma pessoa amiga, bairrista de gema, e confessamos que nos deixou boquiabertos. Não fazíamos uma ideia aproximada, sequer da vastidão e grandeza do edifício começado em 28 de Maio de 1940 pela Sociedade Nacional de Engenharia, sob a inteligente e perspicaz direcção do Sr. Manuel Abrantes, e superiormente fiscalizado pelos Srs. Engenheiro Rafael dos Santos Costa e Horácio Moura, o primeiro da Câmara e o segundo do Estado, sendo o projecto do edifício de autoria do Arquitecto Almeida Araújo. O Mercado Municipal é construído em formosa cantaria e cimento armado; custou a bagatela de dois mil e seiscentos contos e mede 80 metros de comprimento por 21 de largo, dispondo de amplo pé direito. A luz entra-lhe a jorros por janelas bem rasgadas, algumas de forma cilíndrica ou rectangular e o primeiro andar recebe-a também de uma clarabóia que tem quatro metros de diâmetro e é sobrepujada por um artístico lanternim".
Bem-haja Mercado por todo o contributo que deste para a história da cidade, pelas vivências que proporcionas-te, pela alegria que ofereceste, pela história que nos deixas! Bem-haja, ao teu enorme contributo para a cidade da Covilhã!
Quanto ao resto, absolutamente deplorável
O Mercado Municipal da Covilhã dá vida ao centro histórico, chama pessoas ao centro para comprar produtos agrícolas (e não só) da região. Aos sábados de manhã, e também às sextas embora com menos intensidade, o centro histórico ganha uma vida humana imensa. São às dezenas as pessoas que andam pelo centro histórico, que entram e saem da praça com a sua cesta, são às dezenas que tomam o café no centro, que conversam e repovoam o centro cada vez mais despovoado. Nesta lógico o Mercado Municipal tem um papel importantíssimo.
O Mercado localiza-se naquele edifício à 66 anos! Foi inaugurado a 8 de Dezembro de 1943, centralizando vários mercados que existiam na cidade ao ar livre. Foi remodelado em 2000 tornando-se um espaço muito importante para a cidade. A partir de 2007 instalou-se também no seu edifício a Loja Ponto Já destinada aos jovens. Mais recentemente instalou-se no piso superior um Call Center.
Importa fazer esta referência histórica porque na verdade mudar a localização do Mercado Municipal da Covilhã implica fazer uma brutal evasão da história da nossa cidade… O edifício do Mercado vai, ao fim de 66 anos de história e de vivências mudar de instalações. Mas porque?
As visões de certo modo contradizem-se: inicialmente dizia-se que se ia mudar o Mercado porque este já não tinha condições… mas esta semana uma das justificações que Luís Fiadeiro, vice-presidente da CMC, deu para esta mudança foi de que ficaria mais barato construir um edifício novo de raiz do que reabilitar o actual. Ora se esta comparação é feita é porque na verdade é possível reabilitar o actual, podendo porém ser mais caro.
Temos portanto um facto: é possível reabilitar o Mercado Municipal da Covilhã. Mas infelizmente não é isso que vai suceder e a mudança do Mercado vai hoje (sexta-feira) à discussão à Assembleia Municipal (isto depois de a decisão de mudar o edifício já estar consumada… rico debate!)
Na minha opinião mudar um edifício histórico e culturalmente tão importante da nossa cidade só vem demonstrar aquilo que tem ocorrido nos últimos anos: uma profunda descaracterização das marcas históricas da nossa cidade.
Mudar o Mercado para o Campos das Festas é um roubo à história da cidade, é um atentado indesculpável à vivências das nossas gentes e constituiu um (mais um) ataque ao nosso centro histórico.
Mas afinal de contas o que é que vai acontecer ao edifício? Vai ser reabilitado, e nele, vão ser construídos novos Call Centers… Com tantos espaços na cidade para “empregar” precários porque é que se vai destruir um edifício histórico da cidade?
Não é uma questão de interesse, é uma questão de valores! Acima de qualquer interesse, a sensatez implicaria reabilitar o Mercado dando-lhe uma nova vida e novas condições quer para quem lá vende os seus produtos quer para quem lá compra: a insensatez implica vender o Mercado permitindo a destruição dessa nossa história!
Em 2000 quando o Mercado foi reabilitado foi dito que esse investimento que ultrapassou os 500 mil Euros se insere no esforço que a Câmara da Covilhã estava a colocar na revitalização da zona histórica do centro da cidade (). Agora que o vão destruir (moral e culturalmente) qual é a justificação? Onde está o esse suposto interesse pela revitalização da zona histórica do centro da cidade?
Em jeito de nostalgia aqui deixo um texto do “Noticias da Covilhã” do dia 08|12|1943: "Fomos percorrê-lo há dias, na companhia de uma pessoa amiga, bairrista de gema, e confessamos que nos deixou boquiabertos. Não fazíamos uma ideia aproximada, sequer da vastidão e grandeza do edifício começado em 28 de Maio de 1940 pela Sociedade Nacional de Engenharia, sob a inteligente e perspicaz direcção do Sr. Manuel Abrantes, e superiormente fiscalizado pelos Srs. Engenheiro Rafael dos Santos Costa e Horácio Moura, o primeiro da Câmara e o segundo do Estado, sendo o projecto do edifício de autoria do Arquitecto Almeida Araújo. O Mercado Municipal é construído em formosa cantaria e cimento armado; custou a bagatela de dois mil e seiscentos contos e mede 80 metros de comprimento por 21 de largo, dispondo de amplo pé direito. A luz entra-lhe a jorros por janelas bem rasgadas, algumas de forma cilíndrica ou rectangular e o primeiro andar recebe-a também de uma clarabóia que tem quatro metros de diâmetro e é sobrepujada por um artístico lanternim".
Bem-haja Mercado por todo o contributo que deste para a história da cidade, pelas vivências que proporcionas-te, pela alegria que ofereceste, pela história que nos deixas! Bem-haja, ao teu enorme contributo para a cidade da Covilhã!
Quanto ao resto, absolutamente deplorável
(Como muita gente me perguntou porque é que em algumas sextas não escrevo informo que agora só escrevo de duas em duas semanas por dois motivos: a minha disponibilidade pessoal e a ausência de temas semanais interessantes para reflectir.)
16 comentários:
Confesso k só li a 1ª frase e o último parágrafo, mas fiquei logo sem vontade de ler o resto.
JM, onde escreve "No texto que escrevi à duas semanas atrás" deveria escrever "há duas semanas atrás"; onde escreve "pelas vivências que proporcionas-te" deveria escrever "proporcionaste".
Com tantos erros fica muito difícil ter vontade de ler as suas crónicas...
Cuidado com a lingua pois não é a primeira vez que sucede e alguem que faz um escrito publico tem de ser correcto. Vá, ponha lá o H antes do à na primeira frase. É que HÁ erros mesmo à sexta-fira.
Concordo com a opinião, apenas um erro ortográfico no início, onde se lê "No texto que escrevi à duas semanas..." deveria ser "No texto que escrevi HÁ duas semanas..." verbo haver!
e ha sempre temas importantes se não vier com a ideia pré - concebida de criticar negativamente antes de escrever as suas crónicas!!!
O call center dá mais dinheiro do que o mercado..
Confesso que me escaparam esses dos lapsos, peço desculpa. Já agora: ao user “Nah” gostava de lembrar que o seu comentário não é, propriamente exaltador da língua Portuguesa, onde se lê “k” deveria ler-se “que” certo?...
Ora...Nem vale a pena.Deplorável, como sempre.
"O Mercado localiza-se naquele edifício à 66 anos!" tb podia ser corrigido...
Que injustiça para com o rapaz, ele até anda a pedir para lhe corrigirem os textos, senão era uma lástima ainda pior, mas o revisor também não deve ser lá grande coisa. A construção frásica também é outra lástima.
omg!!! quando se escreve um teto de opinião, não é necesário dizer "em minha opinião". acorda prá vida caramelo e faz-nos um favor a todos e a ti mesmo: deixa de escrever, isso é para quem sabe e não para quem quer.
O call center emprega mais pessoas que um mercado municipal. Com tanta falta de emprego na regiao o logico seria apoiar iniciativas destas.
"Agora que o vão destruir (moral e culturalmente) qual é a justificação? Onde está o esse suposto interesse pela revitalização da zona histórica do centro da cidade?"
aposto que deves ir muitas vezes ao mercado Lol
Eu acho que faz falta nesta cidade mais discoteca. O pessoal chega ao Sábado e não diz:"ahh, vou ao mercado comprar rabanetes!".
Reflete sobre isto JM...
Além disso, também podias liderar uma revolta e angariar fundos para comprar a Teleperformence e instalar ali de novo o mercado no 3º piso.
Claro, no estacionamento, ficaria de novo o talho e a peixaria:)
Eu acho que faz falta nesta cidade mais discoteca. O pessoal chega ao Sábado e não diz:"ahh, vou ao mercado comprar rabanetes!".
Reflete sobre isto JM...
Além disso, também podias liderar uma revolta e angariar fundos para comprar a Teleperformence e instalar ali de novo o mercado no 3º piso.
Claro, no estacionamento, ficaria de novo o talho e a peixaria:)
Teleperformance, Melhor Call Center para trabalhar fica na Covilhã
A Teleperformance foi considerada o Melhor Call Center para Trabalhar em Portugal, pelo Great Place to Work® Institute, galardão atribuído durante o Salão Call Center & CRM Solutions, certame onde também arrebatou, pelo terceiro ano consecutivo, o galardão para Melhor Call Center em outsourcing, atribuído pela IFE – International Faculty for Executives.Pelo terceiro ano consecutivo, a Teleperformance Portugal ganhou o Troféu de Melhor Call Center da IFE, o galardão com mais tradição no sector, em Portugal. Totalmente objectivo, o prémio é disputado pela generalidade dos Call Centers do nosso país e resulta da avaliação de chamadas mistério efectuadas pela entidade independente Q21. Para além do Melhor Call Center, a Teleperformance Portugal ganhou também o prémio de Melhor Call Center para Trabalhar do Great Place to Work® Institute.Segundo João Cardoso, Presidente e CEO da Teleperformance Portugal, “Ficámos extremamente felizes por conquistarmos o Troféu para o Melhor Call Center pelo terceiro ano consecutivo e o prémio do Melhor Call Center para Trabalhar do Great Place to Work” e acrescenta, “Sempre acreditámos que só com uma equipa extraordinária e muito motivada é que se consegue oferecer uma qualidade e uma experiência ao cliente verdadeiramente excepcionais – o facto de uma mesma empresa ganhar os dois prémios é mais uma prova disso. Agradecemos a todos os nossos colaboradores que desenvolvem um trabalho de equipa magnífico e a todos os nossos clientes e parceiros por serem totalmente focados em qualidade e nos levarem a melhorar sempre e sempre a cada novo dia”.Estes prémios surgem na sequência do prémio ‘Best Customer Experience in Financial Services’ que a Teleperformance Portugal conquistou há apenas duas semanas. Um prémio atribuído pela maior Associação de Call Centers da Europa, a CCA – Contact Center Association, que conferiu à empresa, bem como ao sector dos Call Centers em Portugal, o maior reconhecimento internacional até à data.Com 53,2% de crescimento em 2008 e cerca de 25% de crescimento em 2009, a Teleperformance Portugal duplicou praticamente a sua dimensão ao longo destes dois últimos anos. Estes prémios são a confirmação de que este grande crescimento tem vindo a ser conseguido de uma forma totalmente sustentada, continuando a assegurar a melhor qualidade de serviço no sector dos Call Centers em Portugal.
IP Jornal Team
Grande "copy" » "paste" ... é indiscutível o valor do Call Center para a cidade e região. Mas que este podia ser instalado noutra zona podia...assim como se podia manter o mercado e suas gentes. Mas é mesmo uma questão de interesses, é também uma questão de valores mas acima de tudo...é uma questão de dinheiro! Esta autarquia nesse ponto é pefeita! Só falta venderem a família deles!!
Enviar um comentário