"Regressado de um curto período de férias, eis-me chegado ao teclado pronto a relembrar uma história já com meia-dúzia de anos. Veio-me à memória esta história quando ia de combóio para a cidade de Lagos e recordava a última viagem de comboio que tinha feito.
Inícios de 2002, namorada recém-chegada à Covilhã, cidade que para tristeza nossa lhe calhou em sorte para seguir o seu sonho académico. Sento-me para tomar café no Monteverde, “kind of” Centro Comercial da capital dos lanifícios, dando uma espreitadela ao ecrã de TV. Reparo que a cara ao meu lado me é extremamente familiar e, olhando melhor, rapidamente descubro quem está ao meu lado: Piguita!
No início dos anos 90 houve vários centrais marcantes em Portugal: Nogueira, por exemplo, era bom “para ir aos figos” ; Dinis, com as suas longas barbas rudes, inspirava receio a qualquer avançado ; João Manuel Pinto, o “Cyrano” do Restelo, tão depressa era salvador/goleador como dava a fífia da ordem ; Lula em Famalicão era pura classe num corpo musculado ; Pedro, no Salgueiros, era o espelho de um clube humilde, mas orgulhoso e lutador ; Gaspar aparecia no Tirsense ou Setúbal como um miúdo de barba rija.
Mas nenhum deles poderia ter ficado tanto na retina de um miúdo, que na altura entrava na adolescência e se começava a apaixonar loucamente pelo futebol, como Piguita. Jovem central do Beira-Mar, Piguita tinha pinta de craque, dos pés à cabeça, e também no nome. E desde aí, mesmo descendo à penumbra dos escalões inferiores, nunca deixei de acompanhar o seu percurso e, mais recentemente, do “seu” Sp. Covilhã.
Voltando ao Monteverde e a 2002, senti-me de imediato compelido a cumprimentar o Piguita e dizer-lhe que era um prazer finalmente estar frente a frente com um jogador que vivera no meu imaginário durante quase uma década. Acabámos por falar uns minutos, bebemos juntos o café e eu voltei a Lisboa feliz porque conhecera um “mito” do futebol português, Piguita de seu nome.
Ah, é verdade, 6 anos depois do início de um pesadelo chamado Covilhã, foi com nostalgia que a minha namorada e até eu nos despedimos, vão 2 semanas, dessa terra que marcou indelevelmente as nossas vidas. Quem diria..."
Inícios de 2002, namorada recém-chegada à Covilhã, cidade que para tristeza nossa lhe calhou em sorte para seguir o seu sonho académico. Sento-me para tomar café no Monteverde, “kind of” Centro Comercial da capital dos lanifícios, dando uma espreitadela ao ecrã de TV. Reparo que a cara ao meu lado me é extremamente familiar e, olhando melhor, rapidamente descubro quem está ao meu lado: Piguita!
No início dos anos 90 houve vários centrais marcantes em Portugal: Nogueira, por exemplo, era bom “para ir aos figos” ; Dinis, com as suas longas barbas rudes, inspirava receio a qualquer avançado ; João Manuel Pinto, o “Cyrano” do Restelo, tão depressa era salvador/goleador como dava a fífia da ordem ; Lula em Famalicão era pura classe num corpo musculado ; Pedro, no Salgueiros, era o espelho de um clube humilde, mas orgulhoso e lutador ; Gaspar aparecia no Tirsense ou Setúbal como um miúdo de barba rija.
Mas nenhum deles poderia ter ficado tanto na retina de um miúdo, que na altura entrava na adolescência e se começava a apaixonar loucamente pelo futebol, como Piguita. Jovem central do Beira-Mar, Piguita tinha pinta de craque, dos pés à cabeça, e também no nome. E desde aí, mesmo descendo à penumbra dos escalões inferiores, nunca deixei de acompanhar o seu percurso e, mais recentemente, do “seu” Sp. Covilhã.
Voltando ao Monteverde e a 2002, senti-me de imediato compelido a cumprimentar o Piguita e dizer-lhe que era um prazer finalmente estar frente a frente com um jogador que vivera no meu imaginário durante quase uma década. Acabámos por falar uns minutos, bebemos juntos o café e eu voltei a Lisboa feliz porque conhecera um “mito” do futebol português, Piguita de seu nome.
Quando, há cerca de 3 meses, soube pela imprensa que Piguita iría abandonar a competição no final da temporada, não pude deixar de lamentar. Afinal, nunca o vi jogar ao vivo e como se aguentará a defesa do Sp. Covilhã sem o seu farol? Eu, sofrendo um pouco ao longe pelo clube, folhearei com muito maior ansiedade as páginas do “desportivo” à Segunda-Feira até chegar à 2ª Divisão, pois o Piguita, o meu garante de confiança nessa equipa, já não jogará.
Ah, é verdade, 6 anos depois do início de um pesadelo chamado Covilhã, foi com nostalgia que a minha namorada e até eu nos despedimos, vão 2 semanas, dessa terra que marcou indelevelmente as nossas vidas. Quem diria..."
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