"Fomos entrando nas casas do outro. Quebrando as paredes que os problemas da memória tecem quando atacam o pensamento. Fomos entrando. Assim a construir um presente real sem a pequenez das coisas. Talvez lutando contra os sentidos alheios, os mártires da vontade gritada, do grito surdo, mudo, seco. Entrar nas casas é acreditar na visita, é prometer o regresso. O medo é sempre o de caminhar. Ou o medo é sempre um caminho. Caminhar é responder. Fomos andando em espirais. Fomos andando para a frente enquanto voávamos no mundo, secretamente, a saltar. Não tenho vergonha de dizer que nos admiro. Não me custa dizer que nos amo." (Pedro Fiuza, in Epiderme. Lançamento no Fundão, 16.Jun.2007)
Fiquei extremamente contente quando no outro dia li que este "paquiderme" sim porque o Pedro é mesmo assim, um homem com couraça protectora e peso elevado(vá elevadito), animal difícil de ser abatido mesmo por presas de predadores poderosos, iria lançar um livro ao fundo desta planície que se chama Fundão, a sua terra natal.
Conheci o "Fiuza" (é assim que ele é conhecido) aquando das suas façanhas de actor no Teatro das Beiras, tornando-nos mais íntimos num conhecido bar da cidade. É daquelas pessoas que entranha e não se estranha, não sei se por Beirão ou se por ser como ele é, igual a si mesmo e diferente(bem diferente) de tudo o resto.
O seu livro não está a venda em nenhuma Fnac ou Bertrand, mas podem encomendá-lo através do seu mail fiuza666@gmail.com
Neste momento encontra-se a preparar um espectáculo de Dostoievski numa adaptação sua dos "Cadernos do Subterrâneo", peça essa que terá lugar no Fundão no "Espaço a Obra" situado na Rua da Cale, projecto este em fase de desenvolvimento.
Ficaremos esperando como dizia não sei quem, não sei bem o que!
Abraço
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