quarta-feira, outubro 19, 2005

"Amén"......



O presidente do Sporting demitiu-se hoje da presidência do clube e de todos os cargos no Grupo Sporting. Em comunicado, Dias da Cunha invoca questões de princípios, na sequência das demissões de Paulo de Andrade e José Peseiro.
Dias da Cunha diz, num comunicado publicado no site do Sporting, que foi "violentado de forma intolerável" ao aceitar as demissões do administrador executivo e do treinador. Assim, e porque os princípios "não têm excepções", o dirigente prefere "antes quebrar que torcer". "Em democracia, todas as instituições são governadas pelos órgãos que a legislação em vigor estabelece (...); o tempo e o espaço para se colher a vontade dos sócios são as assembleias gerais", continua a nota.
Como segundo princípio, Dias da Cunha enumera que "os contratos são para se cumprir". "Ao aceitar os pedidos de demissão do Dr. Paulo de Andrade e do Prof. José Peseiro fi-lo violando estes dois princípios", sublinha, incapaz de "fechar os olhos" e "fazer de conta" que nada se passou. "Nos termos estatutários", os órgãos sociais do clube e das empresas continuam em funções, pelo que o presidente demissionário leonino faz questão em "serenar a imensa maioria dos sportinguistas".
A Assembleia Geral e o Conselho Fiscal do Sporting reúnem-se hoje à tarde, antes do Conselho Leonino, agendado para às 18h00. Depois, seguir-se-á uma conferência de imprensa. Ontem, na Academia de Alcochete, Dias da Cunha anunciou que foi forçado a aceitar os pedidos de demissão de José Peseiro e Paulo de Andrade, para "aliviar a pressão" sobre o clube.A contestação ao treinador e à direcção do Sporting avolumou-se nas últimas semanas, culminando com a derrota de domingo, em Alvalade, frente à Académica de Coimbra.
António Dias da Cunha assumiu a presidência do clube em Agosto de 2000, sucedendo no cargo a José Roquette, que esteve quatro anos à frente dos destinos dos "leões".

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