Faz hoje uma semana sobre os atentados ocorridos em Londres. Mais uma vez o alvo dos terroristas foi a população trabalhadora que, às 8 da matina, se dirigia em transportes públicos para o seu trabalho.
Estes atentados, cobardes e altamente reprováveis, que nada têm a ver com o progresso ou a defesa dos povos, nascem do desejo de vingança, de fazer sentir aquilo que os chefes de Estado dos “países da aliança” fizeram sentir aos seus. O sentimento dos londrinos em tudo se assemelhará ao sentimento dos iraquianos, dos palestinianos, dos afegãos… o testemunho deste Nair é elucidativo:
"I reached Euston station by Silverlink County at close to 9am, walked to Euston square tube to find police blocking it. So went back to Euston central again to access Euston underground, cops evacuating there too, saying Liverpool st possible explosion. So took no 59 bus to reach Holborn. As the bus passed a bit after Tavistock Square Park, we heard an explosion - something like a big bang, sort of muffled inside a metal container. We looked back from the upper deck - saw a huge metal scrap thing on the road, with a few fumes coming out, someone was on the road trying to pull something out of it. All of us panicked and hurried to get out of bus, people losing it completely. I am lucky to be writing this. This was the first time I smelt death so near."
Krishnakumar Nair, Wembley Middlesex
As causas que dão força aos terroristas são precisamente estas, eles querem que os povos das nações agressoras sintam aquilo que o seu povo sente, o medo, a injustiça… e se sobre o atentado de Londres, ou de Madrid, ou Nova Iorque a informação é abundante, já sobre os atentados, também eles terroristas, no Iraque ou no Afeganistão, ou na Palestina a coisa já não é bem assim.
Um sistema mediático hegemónico e perverso engana centenas de milhões de pessoas. Apenas dias antes das explosões de Londres, um B-52 da Força aérea dos EUA bombardeou uma casa de camponeses na Província de Kunar, no nordeste afegão, matando cerca de 20 pessoas que ali se encontravam. O comando militar estadunidense reconheceu "o erro", lamentou as mortes e prometeu uma investigação. A notícia apareceu em meia dúzia de linhas na imprensa, como incidente de menor importância. No Iraque as forças de ocupação assassinam milhares de pessoas todos os meses. Muitas vezes "por engano". Os grandes media quase não noticiam essas mortes, resultantes de "operações de rotina, em defesa da democracia".
É por estas e por outras que, podendo aumentar-se ao máximo as medidas de segurança, incutindo o medo constante nas populações, não se conseguirá reduzir o perigo de novos atentados nas capitais europeias, porque estes são a cobarde resposta aos cobardes atentados que as nações do “eixo do bem” todos os dias, sem que a opinião pública tenha disso consciência, também fazem lá longe nos países ocupados.
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