terça-feira, julho 22, 2008

Covilhã - Local do simulacro foi um erro

Jorge Fael, deputado do Partido Comunista na Assembleia Municipal da Covilhã, questionou o presidente da câmara sobre o local onde decorreu o mais recente simulacro dos Bombeiros da Covilhã. O presidente da autarquia admitiu que o prédio localizado em pleno centro da cidade não foi a melhor escolha.

Com apenas dois pontos na agenda de trabalhos, a última Assembleia Municipal da Covilhã, que teve lugar na passada sexta-feira, 18, correu o risco de não passar de uma mera reunião para cumprir calendário. Apenas as intervenções das bancadas do Partido Comunista Português (PCP) e do Bloco de Esquerda (BE) deram algum rumo ao acto, uma vez que, dos dois principais partidos, Partido Social-Democrata (PSD) e Partido Socialista (PS) não se verificou qualquer intervenção.

O deputado comunista Jorge Fael abriu as questões dirigidas ao presidente da câmara e falou desde as obras realizadas pela Sociedade Polis à construção da Ponte Pedonal sobre a Carpinteira. Contudo, o assunto que mereceu mais maior relevância ao deputado comunista foi o do mais recente simulacro realizado pelos Bombeiros Voluntários da Covilhã. O deputado comunista “nunca colocando em causa o profissionalismo e as capacidades dos bombeiros da Covilhã”, apenas se mostrou contra a decisão da câmara, entidade representante da Protecção Civil no concelho, ao dar luz verde à realização de um simulacro de incêndio no antigo edifício da Pastelaria Lisbonense, localizado em plena Praça do Município.

Carlos Pinto, presidente da autarquia, explicou que a decisão foi tomada por João Esgalhado, vice-presidente do município, uma vez que “o pedido para a realização desse exercício coincidiu com uma ausência minha e portanto a escolha do local não foi a mais feliz”, sublinhou Pinto.

O social-democrata acrescentou também que “a sugestão dos bombeiros teve luz verde porque sempre se pensou que o aspecto final do edifício não era pior do que aquele que já tinha e também se pensava que as obras iniciar-se-iam na semana seguinte”. Factos que não se consumaram e por isso mesmo a autarquia covilhanense cobriu agora a fachada do imóvel histórico com alguns panos brancos. Pinto garantiu ainda que a recuperação daquele prédio “deve começar ainda este ano”.

As relações entre José Serra dos Reis, deputado do Bloco de Esquerda e o presidente da Câmara da Covilhã parecem também estar “a escaldar”. Depois de diversas questões lançadas pelo representante do BE, sobretudo, devido ao episódio que envolve a Câmara da Covilhã e um falso “príncipe da Transilvânia”, detido na cidade serrana depois de se tentar por empresário, Carlos Pinto acabou por dirigir a palavra a Serra dos Reis “apenas para o informar que não lhe respondo a nenhuma questão, enquanto desrespeitar esta assembleia e me desrespeitar”.

O representante do Bloco, em comunicado à imprensa adianta que “Carlos Pinto não deve ter em mente a resposta ao cidadão José Serra dos Reis, mas sim ao eleito municipal, legítimo representante dos munícipes”. No entender de Serra dos Reis, esta é uma posição tomada por quem “desrespeita a oposição e manifestamente odeia e persegue todos aqueles que o criticam”, conclui.
> Eduardo Alves


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