quinta-feira, outubro 21, 2010

Investigação na UBI conta já com mais de 11 milhões

Faltam ainda dois meses para terminar o ano, mas a UBI conseguiu já superar largamente o financiamento de projectos científicos, em relação a 2009. Um crescimento que se demarca sobretudo em iniciativas que contam com parcerias empresariais.

O Gabinete de Apoio a Projectos da UBI conta já com um total de 11 milhões e 300 mil euros aprovados para projectos científicos. Estas iniciativas desenvolvem-se em várias áreas científicas na academia covilhanense e são promovidas em ligação com o tecido empresarial. Ana Paula Duarte, vice-reitora da UBI e responsável pelo Instituto Coordenador da Investigação (ICI), explica que o projecto do UBIMedical “tem aqui uma grande expressão”.

Todo este financiamento que é captado em fundos comunitários ou no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), entre outros projectos, tem também a contribuição da academia covilhanense. Os inúmeros projectos a que a UBI se tem vindo a candidatar, só este ano, ascendem a mais de 22 milhões de euros. Até agora, mais de 11 milhões têm já luz verde. Um montante que reflecte já algum do trabalho do Instituto Coordenador da Investigação, mas sobretudo “da ajuda que é dada a docentes e investigadores pelo Gabinete de Apoio a Projectos”.

Ana Paula Duarte fala num crescimento assinalável de verbas conseguidas para a instituição, mas frisa a natureza dos eventos a que estas se destinam. Montantes que são empregues em investigações e projectos entre a academia e o tecido empresarial. Estas ligações acabam por ganhar ainda mais significado para a universidade, uma vez que “permitem que os investigadores tenham a capacidade de integrar a dinâmica empresarial e verificar as necessidades destas mesmas empresas”. A vice-reitora que coordena esta área garante que mais dinheiro significa mais projectos e mais áreas abrangidas. Um dos principais papéis da universidade, o de inovar e resolver as necessidades das empresas é garantido, originando também “novas pontes e ligações entre entidades externas e a universidade”, uma vez que “a partir do momento que existe esse contacto e que as empresas reconheçam efectivamente as capacidades da universidade e que vejam aqui uma mais valia, um parceiro ideal ao qual podem sempre recorrer, está criada uma dinâmica própria para a UBI e para as próprias empresas”.

O grande volume de projectos científicos que actualmente estão a ter lugar na UBI, referem-se a iniciativas com empresas, até porque “existem inclusivamente medidas específicas para fomentar e apoiar esse tipo de projectos”. Uma extensão que passa já as fronteiras nacionais. Neste momento, a academia covilhanense tem em andamento investigações transfronteiriças que contam com universidades europeias. Actividades científicas que para além de ampliarem o espectro das publicações especializadas têm também contribuído para uma maior mobilidade de docentes.

Este tipo de projectos, estruturado em programas de apoio específicos, tem tido um forte impacto na UBI. Mas existem também diversas candidaturas apresentadas à Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). As taxas de aprovação desse tipo de projectos “têm rondado os 18 pontos percentuais”. Uma média que engloba a UBI como entidade proponente e como entidade participante. Esta taxa de aprovação é, segundo Ana Paula Duarte, semelhante a nível nacional. Para mudar este cenário “foram também realizadas diversas mudanças”. O Gabinete de Apoio a Projectos “está agora reforçado em termos humanos, com uma pessoa dedicada em exclusivo a apoiar estas candidaturas”. Para além deste aspecto, a vice-reitora aponta também a criação de uma base de dados interna “onde estão registados todos os projectos candidatos à FCT, desde o ano passado”. Desta forma existe uma maior e melhor monitorização dos mesmos.

Por: Eduardo Alves
Urbi@Orbi

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