COIMBRA
Os estudantes contestaram falta de paridade nos órgãos gestores e criticaram fraco apoio social. Cerca de 100 estudantes reuniram-se, ontem, na Praça 8 de Maio, para um “jogo das cadeiras gigante”. A medida surgiu por deliberação da Assembleia Magna de 11 de Março e pretendia mostrar a posição dos estudantes face ao Regime Jurídico para as Instituições de Ensino Superior (RJIES).
A moção foi apresentada pela Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG-AAC) e pelo Conselho Inter-Núcleos e evocou o Dia do Estudante, que se assinalou ontem. A iniciativa simbólica de contestação, que prendeu a atenção de muitos curiosos que passaram pela Praça 8 de Maio, pretendeu reivindicar a falta de representação dos estudantes nos órgãos de gestão da Universidade de Coimbra (UC).
Segundo Jorge Serrote, presidente da DG-AAC, a acção serviu para mostrar «as implicações que o RJIES causou na actual configuração das instituições de ensino superior». À acção simbolizou assim a saída dos estudantes, representando no fim a constituição do Conselho Geral da Universidade de Coimbra. O órgão recém-eleito é constituído por um total de 35 elementos, sendo 18 professores e investigadores, dois funcionários, cinco estudantes e dez elementos externos. A fixação da propina, a fusão ou extinção de faculdades, a passagem a fundações e a eleição do reitor são as principais funções do Conselho Geral.
O líder estudantil considera que o «peso dos estudantes foi completamente relegado para segundo plano e não foi tido em conta o papel activo que sempre tiveram na construção das instituições do ensino superior e na defesa dos direitos dos estudantes». Os estudantes que “actuaram” na iniciativa envergavam t-shirts representativas dos membros que compõem o órgão de gestão da UC. Podiam por isso contar-se os funcionários de azul, os docentes, em maior número, de branco, e os membros externos, os dez empossados em Janeiro passado, de preto. Os estudantes foram os que mais lugares perderam com a entrada em vigor do RJIES e por isso esperam agora conseguir a «revogação» do RJIES. A medida serviu ainda para, mais uma vez, lançar a discussão sobre a falta de apoio a nível da acção social. Jorge Serrote afirmou que há estudantes que estão a abandonar o ensino superior por «razões económicas» e que a DG-AAC pretende ver «essa situação resolvida de uma vez por todas». O líder estudantil acrescentou ainda que é necessário um «reforço a nível da acção social, para fazer face a essas situações que a crise apenas veio agudizar» …«O dia 24 de Março é oficialmente, desde 1987, depois da ratificação pela Assembleia da República, o dia do Estudante, uma data indicada para recordar o passado, mas também para projectar o futuro» disse ainda Serrote, acrescentando depois que «a Associação Académica de Coimbra sempre se pautou por princípios como a independência e a democraticidade» e por isso sempre se manifestou «contra qualquer lei que possa controverter» estes valores. No mesmo discurso Jorge Serrote afirmou que no contexto do RJIES a «autonomia universitária está posta em causa pelo actual Governo» e que a «gestão democrática das instituições, uma conquista que o movimento associativo “ousou” alcançar com tanto esforço, foi obliterada por este diploma». O líder estudantil concluiu afirmando que «a voz dos estudantes tem de ser ouvida e respeitada». A DG-AAC pretende assim demonstrar que «os estudantes de Coimbra estão activos, interventivos e que, até verem as suas reivindicações satisfeitas, continuarão na luta pelo ensino de excelência.
In "Diário de Coimbra"
Agora pergunto, e nós?Onde está a nossa Academia?
Ah, estamos em festa...
Saudações Mafiosas
4 comentários:
Os nossos dirigentes estavam a sarar as feridas da AGA e a prepararem-se para a festa...
O que vale é que as cadeiras da AAUBI ainda estão no lugar....apesar do coelho ter tentado tirar uma:)
Mais noticias de activismo estudantil: blocomotiva.net - secção estudantes.
Não liguem à estrela, mas sim às noticias.
Abraço
Estes sim... fazem valer o dinheiro dos estudantes.
Agora os da AAUBI só pensam é em protagonismo e festas.
Cambada de incompetentes....
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