terça-feira, maio 10, 2005

A queda

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Lá foi o vosso amigo ao cinema ver, no dia do 60º aniversário da vitória sobre o nazi-fascismo, um filme sobre o ditador Adolf e o relato dos últimos dias, vistos pelos olhos da recentemente falecida secretária...

No DN, na crítica ao filme, dizia-se que (estranhamente) alguns viam no filme um braqueamento da história...

Claro está que este vosso máfia é um desses seres estranhos, que no decorrer do filme tb viu o lado "humano" de um filho da puta que, sustentado por interesses imperiais, conduziu a humanidade para o inferno da II grande guerra.

a para da locura do fdp, mostraram-se os generais que desertaram como traidores, os soviéticos como povo que amordaçou a humanidade, o médico do III reich como pessoa... enfim uma série de coisas que culminaram com um final apoteótico, das figurinhas que nos passaram pelos olhos durante o filme e respectivo final... tal gajo morto em solo soviético, outro fuzilado e daí­ por diante..

Depois os números, 50 milhões de mortos, dos quais 6 milhões judeus...

Caros máfias, na segunda grande guerra, dos 50 milhões, 22 eram soviéticos, facto ocultado no filme. Das personagens, todas faziam parte do staff do regime nazi-fascista da alemanha portanto, com responsabilidades polí­ticas,por influência directa ou negligência, nas atrocidades cometidas...

uma vergonha, este branqueamento da história, em que os maus não o eram assim tanto, em que as ví­timas passam a criminosos. o processo em curso visa a culpabilização de um regime, aquele que tem a bandeira que aqui se vê, quando na verdade foi este que contribuiu de forma decisiva para que hoje e aqui, se possam dizer estas coisas!a eles devemos o nosso obrigado, por mais filmes que se façam, por mais mentiras que nos contem!
sobre a história daqueles dias, das responsabilidades dos aliados fica esta nota...
"A França não reagiu ao desafio da reocupação militar do Ruhr, coração industrial da Alemanha. Quase simultaneamente, a intervenção alemã na guerra civil de Espanha, em apoio de Franco, assumiu carácter desafiador.
O poderio militar da Itália trombeteado por Mussolini era - como a guerra confirmou - uma ficção. A Marinha Britânica estava em condições de impedir a ajuda ao fascismo espanhol das Potências do Eixo Berlim-Roma. Mas, enredadas na polí­tica hipocrita da nãoo Intevenção, a Inglaterra e a França permitiram que a Alemanha nazi fizesse dos campos de batalha da Espanha campo de experiência de novas armas, contribuindo decisivamente para a vitória de Franco.
A partir da anexação da Áustria, o seu discurso, marcado por uma ambição megalómana, adquiriu contornos paranóicos.
Após a Áustria, o alvo foi a Checoslováquia. Não era a Região dos Sudetas que estava em causa, mas um projecto de dominação mundial. Mas a Inglaterra e a França voltaram a ceder em Munique que surge como o prologo anunciatário da guerra.
O polémico Tratado Germano-Soviético somente foi assinado quando a URSS compreendeu que eram inúteis todos os seus esforços para travar o expansionismo alemão através de um acordo tripartido com Londres e Paris. O governo soviético chegou a pedir a Praga a sua autorização para a entrada do Exército Vermelho no território checoslovaco se este fosse invadido pela Alemanha. Mas o apelo foi liminarmente rejeitado.
Hitler tirou conclusões correctas da sua vitoria polí­tica. Meses depois ocupou toda a Checoslováquia sem disparar um tiro. A Polónia passou a ser o próximo objectivo.
Historiadores marxistas norte-americanos e europeus têm entretanto chamado a atenção para o papel que o grande capital transnacional desempenhou no processo de tomada do poder pelo Partido Nacional Socialista Alemão e no fortalecimento e expansão da economia do III Reich nazi. Existe hoje uma ampla documentação sobre a sombria rede de cumplicidades e solidariedades que então tomou forma nos terrenos polí­tico e financeiro."

Alguns destes estudos estão no resistir...

Porque é importante não esquecer... o fim da Segunda Grande Guerra foi há 60 anos

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