quarta-feira, dezembro 15, 2010

UBIMedical ganha forma_A maior infra-estrutura científica de toda a zona interior do País vai nascer na Covilhã

A maior infra-estrutura científica de toda a zona interior do País vai nascer na Covilhã. Os responsáveis pela universidade conseguiram trazer para a região um dos mais importantes investimentos dos últimos anos. UBIMedical será uma realidade já em 2011.

O UBIMedical vai nascer em terrenos da UBI, próximos da Faculdade de Ciências da Saúde


Está conseguida uma das principais metas de João Queiroz. O actual reitor da UBI, que tem na investigação uma das principais áreas de acção da sua estratégia na academia beirã, conseguiu trazer para a região o mais importante investimento científico feito no interior do País, nos últimos anos. Todo um forte trabalho desenvolvido juntos das mais importantes instâncias que supervisionam a área acabou por dar frutos e permitir que a universidade, com sede na Covilhã, conseguisse financiamento para esta estrutura. O UBIMedical tem já projecto e no início do próximo ano será lançado concurso público para a sua construção. Trata-se de um novo edifício que vai nascer próximo da Faculdade de Ciências da Saúde, em terrenos da Universidade da Beira Interior. A concorrer a fundos para apoiar este tipo de projectos estavam academias como Coimbra e Aveiro, mas foi a UBI que acabou por ficar com a nova estrutura laboratorial e que irá também contar com uma incubadora de empresas e projectos inovadores na área da saúde. Ana Paula Duarte, vice-reitora para a Investigação e presidente do Instituto Coordenador de Investigação (ICI) é também outro dos rostos relacionados a este investimento. A vice-reitora e docente da academia começa por explicar que o UBIMedical será a sede “de vários laboratórios de topo virados para a qualidade de vida em geral e para aspectos relacionados com a Medicina, para além de uma incubadora de projectos”.

Toda a estrutura, desenhada para albergar diversos laboratórios está dividida em duas grandes vertentes relacionadas com a qualidade de vida e com a caracterização dos parâmetros de saúde pública. Um dos pontos fundamentais que serve para distinguir este projecto é precisamente “a forte ligação à comunidade”. Ana Paula Duarte lembra que todos os equipamentos e sobretudo, os estudos que vão estar no UBIMedical “vão também servir para prestar serviços que de alguma maneira respondam às necessidades da região”. Esta nova estrutura científica da UBI vai contar com “laboratórios relacionados com o registo e estudos epidemiológicos, um núcleo de biosensores e telecuidados de saúde, uma unidade integrada de rastreio e monitorização fisiopatológica”. A tudo isto se juntará também “a caracterização dos parâmetros de saúde pública, a qualidade de vida, a segurança alimentar, o testar de novos produtos”.

A docente que também investiga nestas áreas faz questão de sublinhar “o papel activo de todos os membros da UBI que participam em projectos relacionados com o UBIMedical”. Segundo Ana Paula Duarte, o espaço foi desenhado com a ajuda dos investigadores que dentro em breve vão dar vida à nova casa da ciência no interior do País. A aposta na Investigação e nos projectos inovadores começa agora a ter o seu grande impacto. Na passada semana, a academia beirã conseguiu ter luz verde para um financiamento de dois milhões de euros, esta semana são debatidas as linhas finais do UBIMedical. Uma nova infra-estrutura que acaba por ser mais um resultado dos esforços da actual equipa reitoral. Ana Paula Duarte, vice-reitora da academia lembra que “quando estava a decorrer a candidatura a este incentivo foi quando nós tomámos posse e entrámos numa altura em que tivemos de trabalhar muitas horas para apresentar um projecto destes”. A responsável pelo Instituto Coordenador de Investigação recorda que “no decorrer de todo o processo tivemos muitos entraves e muitas pessoas a dizer que deveríamos desistir, mas a persistência e vontade de colocar a UBI e os seus recursos humanos no patamar que lhes é devido, acabou por nos levar a continuar e trazer bons resultados”, remata. Todo o princípio base deste empreendimento está relacionamento com a Medicina e com a Informática.

Ali vão nascer projectos relacionados com a qualidade da saúde. Diversos laboratórios equipados para estudar parâmetros relacionados com a saúde pública têm também lugar garantido. Para além da investigação, o UBIMedical surge como um espaço de incubação de projectos inovadores na área da medicina e dos serviços à comunidade. A ligação a diversas unidades hospitalares da região e o apoio aos recursos humanos da região é também uma das metas a atingir. A estrutura cuja construção deverá arrancar em meados de 2011 deverá reunir aos mais avançados equipamentos científicos que existem. De tal forma que os responsáveis pela Universidade da Beira Interior esperam obter certificações de qualidade e acreditação junto das entidades internacionais para estas valências. Segundo os responsáveis este é um investimento muito grande para a universidade, ao contrário de outras infra-estruturas que tinham comparticipação de 70 por cento, a do UBIMedical é de apenas 50, pelo que a UBI terá de suportar o resto. Os laboratórios equipamentos com as melhores ferramentas do mercado vão posteriormente ser reconhecidos “para fazer ensaios no âmbito da saúde pública”. Ana Paula Duarte explica ainda que “existirá também um laboratório que fará a caracterização do ar e do ambiente. Caracterização do ar dos edifícios e também um laboratório que estudará a exposição ao radão nos edifícios desta zona do País”. Para além deste âmbito destaque ainda para investigações no âmbito da caracterização analítica de todos os assuntos relacionados com a saúde pública.

Por: Eduardo Alves
Em: Quarta, 15 de Dezembro de 2010
Urbi@Orbi

3 comentários:

Anónimo disse...

Desde que arruinaram os lanificios na Covilhã e em plena expansão da democracia em portugal... Temos que premiar a Covilhã por se ter convertido dum polo industrial e productivo num centro de despesa publica de 1º nivel. A covilhã do seculo 21 é basicamente formada e sustentada por servicos publicos (despesa). A universidade lecciona cursos que prometem futuro aos seus alunos que quando veem o que o privado tem para lhes pagar está ao nivel duma caixa de supermercado.

Anónimo disse...

mais uma projecto para medicina...
conseguido pela reitoria...
o reitor é sempre nestas tretas um heroi que fez algo extraordinário...
mas o que eu vejo é investimento na medicina e o resto fica com sobras quando fica...
departamentos como aeronautica, informatica, electromecânica e afins até acredito que tenham projectos mas financiamento? obtenção de dinheiro para eles quando se vê isso no urbi????

Diogo disse...

Oh anónimo, leste o texto?

"Todo o princípio base deste empreendimento está relacionamento com a Medicina e com a Informática."

Olha aí a Informática...