terça-feira, maio 29, 2007

Um ciclo de cinema às moscas

«Numa urbe que não se evidencia pela regularidade da programação cultural, a organização de um ciclo de teatro ou de cinema é uma dádiva dos Deuses para uma fauna de calimeros que reclama maior diversidade destes eventos

A verdade é que, se tivermos em conta a programação de qualidade do último ciclo de cinema promovido pelo INATEL é no mínimo curioso, ou talvez não, que as salas estivessem praticamente às moscas

Não adianta tentar uma interpretação da realidade cultural da Covilhã, até porque haverá, seguramente, muitas razões para o afastamento do publico de alguns eventos culturais, umas vezes pelos parcos investimentos que as administrações locais fazem, de uma maneira geral, no sector cultural, outras com já referimos, pela ausência de uma programação constante, participativa e não-selectiva, de modo a atingir níveis de adesão de qualidade superior e mais igualitários

Sendo certo que uma fraca actividade cultural, promove quase sempre o afastamento dos vários públicos, blá, blá, blá, blá...

Contudo, falamos de uma urbe com uma população universitária, que não tem, propriamente, as dificuldades económicas de uma boa parte dos indígenas, ou a sua incapacidade de aceder a bens culturais

O que acontece, é estarmos perante um público que revela total inércia, descrédito, ou até mesmo ausência de um prazer quotidiano pelas actividades culturais, por poucas que sejam, nas suas múltiplas modalidades.»

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