quinta-feira, maio 24, 2007

“Falta estratégia para as engenharias da UBI”

Debaixo de chuva, três dezenas de estudantes, vestidos com capas negras, percorreram ontem o caminho entre o edifício das engenharias e a reitoria da Universidade da Beira Interior para assinalarem simbolicamente o funeral de seis licenciaturas daquele estabelecimento de ensino superior. Tratou-se de um cortejo de estudantes, promovido pela Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), em protesto contra a decisão do Ministério do Ensino Superior de não transformar os cursos de engenharias em mestrados integrados.

Em silêncio e sem perturbação do trânsito, o cortejo levava à frente a carrinha da AAUBI transformada em carro funerário, onde seguia a urna, forrada a pano preto, uma cruz, em tom castanho claro, e a indicação das seis licenciaturas em risco: as engenharias Aeronáutica, Civil, Electromecânica, Mecânica, Química e Têxtil.
À mesma hora a que o cortejo chegou à reitoria apareceu sorridente Manuel Santos Silva, reitor da UBI, gracejando até que “vinha no cortejo”. Convidou as três dezenas de alunos a subirem à Reitoria, mas os estudantes preferiram ficar à porta. E foi ali mesmo que lhe entregaram uma carta onde questionam a “ausência de estratégia” da UBI para as engenharias, identificadas desde o início de 2005 num estudo elaborado pelos professores João Matias e Tessaleno Devezas, realizado entre Dezembro de 2003 e Maio de 2004.

Diário XXI

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