segunda-feira, maio 25, 2009

Breves do "O Interior"


Carlos Salema diz não haver motivos para impugnação de eleições na UBI

Apreciação da reclamação pelo Ministério do Ensino Superior é «atentado à autonomia da universidade», sustenta Jorge Barata


A tomada de posse de João Queiroz estava prevista para o início deste mês
A tomada de posse de João Queiroz estava prevista para o início deste mês
O presidente do Conselho Geral da Universidade da Beira Interior (UBI), Carlos Salema, considera que a denúncia anónima enviada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) – a apontar alegadas irregularidades nos trabalhos na eleição do reitor, a 6 de Abril -, «está cheia de inverdades». Tanto assim que se lhe tivesse sido dirigida, «teria ido de imediato para o caixote do lixo», garante Carlos Salema. A eleição de João Queiroz continuava por homologar na passada terça-feira, muito depois do prazo legalmente previsto.

O presidente do Conselho Geral já respondeu inclusivamente a esclarecimentos pedidos pelo ministério. «A tarefa não foi difícil. Isto porque os documentos existentes demonstram que a eleição do reitor decorreu com a elevação e a lisura que merece um acto académico desta importância», salienta Carlos Salema. O também presidente do Instituto de Telecomunicações (IT) fala numa reclamação com «insultos» à sua pessoa, sem precisar aspectos do texto da denúncia anónima – de sete páginas, onde são questionados os procedimentos do Conselho Geral antes e durante o acto eleitoral e é posta em causa a idoneidade do seu presidente. Carlos Salema diz esperar agora que os resultados da eleição sejam homologados «muito brevemente», de forma a que João Queiroz possa finalmente tomar posse. «É mais que estranho que nenhum dos candidatos derrotados tenha apresentado qualquer reclamação», acrescenta.

Do lado dos quatro professores catedráticos que estiveram na corrida à reitoria da UBI, só Jorge Barata comenta o caso. O reitor eleito, João Queiroz, bem como o reitor em exercício, Santos Silva, e ainda António Fidalgo recusam-se, para já, a pronunciar-se.

Por sua vez, Jorge Barata também considera que a denúncia devia «estar no lixo». Para o docente do Departamento Aeroespacial, o ministério tutelado por Mariano Gago está a ser protagonista de «um atentado à autonomia da universidade» pelo simples facto de estar a apreciar a denúncia anónima. É que, ao abrigo do regime jurídico das universidades, «toda e qualquer reclamação, seja ela anónima ou não, tem que ser dirigida ao presidente do Conselho Geral», recorda. Por isso, na sua opinião, o MCTES deveria ter encaminhado a reclamação para Carlos Salema, para que o Conselho Geral se pronunciasse sobre a denúncia. «Só no caso de ser indeferida por este órgão é que o autor poderia dirigi-la ao ministério», alega Jorge Barata.

«E, sendo a denúncia anónima, deveria ter ido logo para o lixo», defende ainda, considerando que «só pode haver estratégias pessoais à volta disto». «Do que conheço de Mariano Gago e do secretário de Estado, de certeza que estão metidos em algo que nada tem a ver com eles», conclui Jorge Barata, que centra as suas suspeitas no seio do próprio Conselho Geral. Entretanto, na passada segunda-feira, em Castelo Branco, o ministro do Ensino Superior afirmou não ter «nenhum processo de homologação pendente». Aos jornalistas, Mariano Gago disse ainda não ter conhecimento de qualquer denúncia e referiu que este tipo de processos «segue directamente para os serviços jurídicos», que recolhem toda a informação, designadamente actas de reuniões e documentos, e que só depois chegam ao seu conhecimento.


Alerta é do Sindicato dos Profissionais da Polícia, que

reivindica mais e melhores viaturas

O parque automóvel da PSP da Covilhã é insuficiente e grande parte está em estado de degradação. O alerta é dado pelo Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP), que denuncia a existência de viaturas sem condições de segurança para circular.

Em comunicado, o sindicato afirma que o parque automóvel está «em estado de ruptura», apontando «problemas mecânicos das viaturas, aspecto exterior degradado e interiores em muito mau estado». «Neste momento, a situação mais grave verifica-se na esquadra de investigação criminal, onde não existe uma única viatura descaracterizada com condições de segurança para circular», lê-se. De acordo com o sindicato, esta situação obriga mesmo a que o seu efectivo opte por se deslocar a pé ou a usar viaturas caracterizadas, «comprometendo seriamente o bom desempenho profissional». Apesar do Comando Distrital de Castelo Branco e da Direcção Nacional da PSP já terem sido informados, «nada foi feito para resolver ou minimizar a situação».

Câmara da Covilhã paga 75 mil euros à Covibus por dois meses

Transcovilhã asseguraria transição nos “urbanos” da Covilhã a custo zero, cobrando apenas títulos de idosos e estudantes


Autarquia paga à futura concessionária mais de 1.000 euros por dia
Autarquia paga à futura concessionária mais de 1.000 euros por dia
A Câmara da Covilhã deliberou, na última reunião do executivo, pagar 75 mil euros à Covibus por dois meses do serviço de transportes colectivos urbanos. Esta decisão contraria um dos objectivos – a redução de custos – do contrato provisório estabelecido entre as partes. Além disso, O INTERIOR apurou que a anterior concessionária asseguraria o serviço transitoriamente nas mesmas condições em que estava a ser feito até aqui, ou seja, sem qualquer compensação financeira e cobrando apenas títulos referentes a estudantes e idosos.

Numa altura em que a nova concessão ainda aguarda o visto do Tribunal de Contas para poder avançar e a Covibus já está a operar, desde o início do mês, Carlos Pinto explicou que o município quis dar a oportunidade à futura concessionária de poder «começar a identificar-se com o serviço que vai depois assumir em pleno». O início da prestação do serviço pela Covibus tem sido marcado, de resto, por queixas dos utentes, nomeadamente em relação aos autocarros que estão a circular, que são velhos, atrasos no cumprimento de horários e avarias das viaturas. Estas avarias, recorde-se, já levaram mesmo à perda de seis viaturas da frota da empresa, que teve de recorrer à UTC (União de Transportes dos Carvalhos) para poder continuar a assegurar o serviço. Ao que O INTERIOR apurou, a Covibus está a pagar um total de 900 euros por dia pelos seis autocarros daquela empresa do concelho de Gaia.

A ideia deste contrato de dois meses é a de que a Covibus possa «afinar» aspectos como os circuitos ou os horários nesta fase, disse Carlos Pinto na reunião de Câmara. Além disso, a autarquia espera conseguir «uma economia de recursos» financeiros. A Covibus vai receber assim mais de mil euros por dia pela prestação do serviço nesta fase transitória, valor a que acresce ainda IVA – e que corresponde àquilo que o município vai desembolsar durante a concessão. Para além desta compensação financeira, a futura concessionária conta ainda com as receitas dos bilhetes. No caso da anterior, constituída pelo consórcio Auto-Transportes do Fundão e Joalto, o negócio assentava, desde sempre, na obtenção de receitas exclusivamente por via da venda de bilhetes aos passageiros e ainda ao pagamento de títulos e passes referentes a idosos e estudantes por parte da Câmara da Covilhã.

A compensação financeira é uma novidade da próxima concessão, tendo todos os consórcios que se apresentaram a concurso público apresentado propostas nesse sentido. Esta compensação destina-se a fazer face à condição imposta pela Câmara da próxima concessionária ter de reforçar a frequência de autocarros e de criar novos circuitos. Para já, a Covibus fez apenas pequenas alterações nos horários e nos circuitos, mas não correspondendo ainda àquilo a que se propõe fazer aquando do arranque da concessão. Ainda durante a reunião do executivo da última sexta-feira, Carlos Pinto disse que «o IMTT informou que a empresa não estava legitimada» para efectuar o serviço, por falta de licença de transporte de passageiros. No entanto, fonte do consórcio garante que a Transcovilhã «tem a licença».


Jovem técnico assegurou manutenção na Liga de Honra
depois de substituir Álvaro Magalhães na pré-época

Após o empate a uma bola na recepção ao Varzim, o presidente do Sporting da Covilhã anunciou a continuidade do técnico Hélio Sousa à frente da equipa dos “leões da serra” por mais um ano, depois de já ter garantido a manutenção na Liga de Honra há algum tempo.

«Não podíamos deixar de continuar com o nosso técnico, que nos deu oportunidade de fazer um campeonato tranquilo», justificou José Mendes, que considerou Hélio o «homem certo, no lugar certo». Por seu turno, o técnico mostrou-se satisfeito, fazendo um pedido ao presidente: «Peço apenas 20 jogadores de campo e três guarda-redes, se for possível», declarou. No intervalo da partida com o Varzim, o clube aproveitou para entregar as faixas de campeões distritais de Castelo Branco às equipas de escolas, infantis, juvenis e juniores, num momento integrado nas comemorações do 86º aniversário do clube.

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