segunda-feira, dezembro 29, 2008

CORREIO DO LEITOR_Ana Maria de Jesus Monteiro

São bastas as suspeitas vindas a público, nos últimos tempos, acerca da actuação da Câmara Municipal da Covilhã: a instalação do novo Parque de Feiras de S. Miguel, no Bairro do Cabeço no Tortozendo, com a mutilação e abate ilegal de sobreiros, uma espécie protegidas por lei (Decreto-Lei n.º 169/2001, de 25 de Maio); a consumação de “atentado ambiental” pelo abate de mais de um povoamento de 3000 sobreiros numa área classificada, pela pretensão de expandir a zona industrial do Tortozendo, quando existem alternativas de localização do empreendimento; as trapalhadas da campanha “Covilhã, cidade cinco estrelas” onde se desviam fundos públicos do LEADER+ , destinados ao desenvolvimento rural, para promover a cidade sob a forma de cartazes por toda a cidade, anúncios no estádio municipal e em publicações como o ‘Público’, ‘Visão’, ‘Caras’, ‘Lux’, ou na revista de bordo da TAP; e mais recentemente, o apontar de irregularidades, pela Direcção de Agricultura do Centro, numa casa construída pelo autarca covilhanense junto ao aeródromo municipal, irregularidades essas que se baseiam em violações ao Plano Director Municipal da Covilhã, tendo ignorando e desrespeitando várias normas previstas nesse mesmo plano, o que a ser verdade poderá e deverá conduzir à perda de mandato de Carlos Pinto.

Em relação a este último e mais recente caso, o presidente da câmara da Covilhã optou, até ao apuramento da verdade, por não participar nas sessões de câmara. Apesar do que todos nós já sabemos, esta decisão, em termos práticos, nada é de consequente, pois que, tudo o que vai a aprovação dessas sessões de câmara é cozinhado antecipadamente, acto para o qual Carlos Pinto não se recusou publicamente, servindo essas sessões para tudo aprovar com a ajuda recorrente das vozes abstencionistas dos vereadores do PS, mas… ainda assim, o Bloco de Esquerda da Covilhã não reconhece a Carlos Pinto qualquer tipo de legitimidade para abrir um conflito, por uma questão pessoal, abusando de intermitências de maquiavelismo, onde todos os covilhanenses são trincheira para a sua chantagem e agressão para com a Procuradoria Geral da República, escudando-se de forma absurda atrás de um cargo público.

Ora é nosso entender que em vez de se tentar vitimizar e de se tentar validar junto da populaçãocovilhanense e, vez de andar sempre a gritar que é fogo posto, permanecendo agarrado ao poder, Carlos Pinto, se tivesse alguma vergonha, deveria já ter pedido a suspensão imediata do seu mandato autárquico até à clarificação de todas estas situações, ou será que tem medo das perdas de posição no seu precário e labiríntico baralho de cartas?

A Deputada Municipal do Bloco de Esquerda da Covilhã
Ana Maria de Jesus Monteiro

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