Continuando na óptica das eleições tivemos terça-feira um debate na RCB com os cinco candidatos à Câmara da Covilhã: Carlos Pinto, Vítor Pereira, Jorge Fael, José Serra dos Reis e Nuno Reis. Um debate não muito empolgado excepto em algumas áreas mais polémicas da governação social-democrata no concelho.
Um debate que não trouxe nada de muito novo... reafirmou as divergências entre Carlos Pinto e Vítor Pereira sendo que as partes do debate em que se conseguiram calar um ao outro foram quando Vítor Pereira traz duas cartas que partidariamente Carlos Pinto enviou a dois Covilhanenses que usufruem do cartão municipal do idoso e pergunta: “como é que Carlos Pinto tem acesso aos dados de estas pessoas?”... Paulo Pinheiro pergunta a Carlos Pinto se quer responder, e este, num gesto elucidativo faz que não com a cabeça e Vítor Pereira afirma que é o normal: “Carlos Pinto não responde à oposição e prefere o silêncio em vez do debate!”.
Um debate que não trouxe nada de muito novo... reafirmou as divergências entre Carlos Pinto e Vítor Pereira sendo que as partes do debate em que se conseguiram calar um ao outro foram quando Vítor Pereira traz duas cartas que partidariamente Carlos Pinto enviou a dois Covilhanenses que usufruem do cartão municipal do idoso e pergunta: “como é que Carlos Pinto tem acesso aos dados de estas pessoas?”... Paulo Pinheiro pergunta a Carlos Pinto se quer responder, e este, num gesto elucidativo faz que não com a cabeça e Vítor Pereira afirma que é o normal: “Carlos Pinto não responde à oposição e prefere o silêncio em vez do debate!”.
Mas rapidamente Vítor Pereira perde vantagem quando ataca severamente o atentado urbanístico que é a ponte pedonal da Carpinteira. Carlos Pinto, em resposta, cita uma entrevista em 2005 onde Vítor Pereira afirma que essa obra – ente outras que agora considera negativas – é essencial para o desenvolvimento da cidade, do turismo, do emprego.
Mas ainda seguindo a óptica do silêncio tenho de registar um facto importante: Carlos Pinto não dirigiu uma palavra a José Serra dos Reis, candidato do BE. A única vez em que as suas vozes se trocaram foi quando Serra dos Reis diz que ter um sensor de poluição no carro e quando chega à cidade o sensor apita (sinal de altos níveis de poluição atmosférica) e quando chega à aldeia onde reside (Cortes) o sensor apaga. Carlos Pinto usando uma arrogante ironia afirma que deve ser dai que vem a asfixia democrática. O auditório ri... mas certamente se estará a rir das gerações futuras! Porque afinal de contas a poluição atmosférica e a “corrosivização” do ar – mesmo sendo o bem mais público que existe – é em si mesmo um atentado às gerações futuras. Nada de muito de novo de um auditório que se riu quando se falou das barbearias tradicionais, da saque da água das ribeiras que foi denunciando, de rails em estradas perigosíssimas,(etc etc), esquecendo-se que política não é só ler números e falar do que é politicamente correcto... nada de novo!
Mas fora estes apartes o debate continuou com uma prestação excelente do candidato da CDU, Jorge Fael, o único que conseguiu fazer frente aos argumentos numéricos de Carlos Pinto. Vítor Pereira esteve bem, embora tropeçando em algumas áreas e não tendo preparação convincente no que respeita a números, estatísticas, dados etc, além de não conseguir responder quando acusado de votar leis que prejudicaram o financiamento da autarquia.
José Serra dos Reis, marcado por um estilo muito próprio, atacou forte e sem resposta possível nas áreas ambientais e nos valores tradicionais e culturais da cidade... Deixou em silêncio todas bancadas quando denunciou o saque ilegal das ribeiras do concelho, as construções faraónicas e desajustadas que ainda ninguém tinha criticado e abandono de projectos de grande relevo para a meio natural do concelho.
Nuno Reis por seu turno prosseguiu sempre no seu estilo politicamente correcto, criticando suavemente o actual executivo da mesma forma que acusava as outras bancadas de não terem alternativas (PS, CDU e BE), porém esteve bem quando apresentou algumas propostas para o concelho. Concorde ou não com elas, apresento-as e isso parece-me positivo.
Mas uma coisa que me pareceu evidente foi tentativa de fanstasmizar as evidências, ou seja os partidos da oposição à excepção do CDS trouxeram argumentos sólidos que na Covilhã existe medo e falta de democracia. Pessoas que não quiseram participar nas listas por medo de represálias ou de cortes da câmara nas suas associações \ empresas, casos em que a oposição foi brutalmente desrespeitada – exemplos paradigmáticos são o desprezo pelos vereadores do PS, e Carlos Pinto ter declarado em Assembleia Municipal que não responderia à bancada do BE, grupos culturais que não são da cor laranja altamente desrespeitados e utilização de dados da câmara para actividades partidárias... Carlos Pinto a única coisa que tem a dizer é que tudo isso são fantasmas inventados pela oposição. Um argumento facilitista e falacioso e de quem não tem uma contra argumentação minimamente credível contra evidências apresentadas!... Nada de novo.
Mas este foi um pequeno elemento esclarecedor. Ainda faltam alguns dias de campanha... e por falar em campanha, parece que está no ar o festim da cherovia. Calma: eu sou um total defensor da aposta nos produtos locais e característicos como forma de desenvolvimento rural (alias essa é uma urgência imediata, porque o mundo rural precisa de estratégias de desenvolvimento e não estar condenado à perda e ao abandono), mas não percebo como é que em tempo de campanha eleitoral se organiza o fantástico fundo de 40 mil euros na organização de um festival em que o principal protagonista é o candidato à junta de freguesia do local onde o festival é organizado, e que por acaso é das poucas juntas que não pertence ao PSD. Porque é que afinal de contas o festival foi marcado para estes dias de campanha ao contrário ano passado?
A campanha está agora no seu apogeu, e continuando na dúvida de onde virão os fundos para tão megalómanas campanhas eleitorais, termino mais um retrato. Um retrato de um debate entre os candidatos à Câmara e um retrato das campanhas paralelas que o partido do poder (não é o da Covilhã, é mesmo o Partido Social Democrata) protagoniza...
Chamem-me repetitivo... Mas a culpa não é minha! A culpa é de quem vem repetindo as mesmas estratégias, os mesmos malabarismos e a mesmos actos de ilusionismo não fazendo campanhas no mesmo degrau que os outros. Enquanto estes actos existirem, temos pena: vão ser sempre o alvo dos meus textos.
Mas ainda seguindo a óptica do silêncio tenho de registar um facto importante: Carlos Pinto não dirigiu uma palavra a José Serra dos Reis, candidato do BE. A única vez em que as suas vozes se trocaram foi quando Serra dos Reis diz que ter um sensor de poluição no carro e quando chega à cidade o sensor apita (sinal de altos níveis de poluição atmosférica) e quando chega à aldeia onde reside (Cortes) o sensor apaga. Carlos Pinto usando uma arrogante ironia afirma que deve ser dai que vem a asfixia democrática. O auditório ri... mas certamente se estará a rir das gerações futuras! Porque afinal de contas a poluição atmosférica e a “corrosivização” do ar – mesmo sendo o bem mais público que existe – é em si mesmo um atentado às gerações futuras. Nada de muito de novo de um auditório que se riu quando se falou das barbearias tradicionais, da saque da água das ribeiras que foi denunciando, de rails em estradas perigosíssimas,(etc etc), esquecendo-se que política não é só ler números e falar do que é politicamente correcto... nada de novo!
Mas fora estes apartes o debate continuou com uma prestação excelente do candidato da CDU, Jorge Fael, o único que conseguiu fazer frente aos argumentos numéricos de Carlos Pinto. Vítor Pereira esteve bem, embora tropeçando em algumas áreas e não tendo preparação convincente no que respeita a números, estatísticas, dados etc, além de não conseguir responder quando acusado de votar leis que prejudicaram o financiamento da autarquia.
José Serra dos Reis, marcado por um estilo muito próprio, atacou forte e sem resposta possível nas áreas ambientais e nos valores tradicionais e culturais da cidade... Deixou em silêncio todas bancadas quando denunciou o saque ilegal das ribeiras do concelho, as construções faraónicas e desajustadas que ainda ninguém tinha criticado e abandono de projectos de grande relevo para a meio natural do concelho.
Nuno Reis por seu turno prosseguiu sempre no seu estilo politicamente correcto, criticando suavemente o actual executivo da mesma forma que acusava as outras bancadas de não terem alternativas (PS, CDU e BE), porém esteve bem quando apresentou algumas propostas para o concelho. Concorde ou não com elas, apresento-as e isso parece-me positivo.
Mas uma coisa que me pareceu evidente foi tentativa de fanstasmizar as evidências, ou seja os partidos da oposição à excepção do CDS trouxeram argumentos sólidos que na Covilhã existe medo e falta de democracia. Pessoas que não quiseram participar nas listas por medo de represálias ou de cortes da câmara nas suas associações \ empresas, casos em que a oposição foi brutalmente desrespeitada – exemplos paradigmáticos são o desprezo pelos vereadores do PS, e Carlos Pinto ter declarado em Assembleia Municipal que não responderia à bancada do BE, grupos culturais que não são da cor laranja altamente desrespeitados e utilização de dados da câmara para actividades partidárias... Carlos Pinto a única coisa que tem a dizer é que tudo isso são fantasmas inventados pela oposição. Um argumento facilitista e falacioso e de quem não tem uma contra argumentação minimamente credível contra evidências apresentadas!... Nada de novo.
Mas este foi um pequeno elemento esclarecedor. Ainda faltam alguns dias de campanha... e por falar em campanha, parece que está no ar o festim da cherovia. Calma: eu sou um total defensor da aposta nos produtos locais e característicos como forma de desenvolvimento rural (alias essa é uma urgência imediata, porque o mundo rural precisa de estratégias de desenvolvimento e não estar condenado à perda e ao abandono), mas não percebo como é que em tempo de campanha eleitoral se organiza o fantástico fundo de 40 mil euros na organização de um festival em que o principal protagonista é o candidato à junta de freguesia do local onde o festival é organizado, e que por acaso é das poucas juntas que não pertence ao PSD. Porque é que afinal de contas o festival foi marcado para estes dias de campanha ao contrário ano passado?
Timing eleitoralista-oportunista?
Não seria preferível a organização do festival num período isento?
Não seria preferível a organização do festival num período isento?
A campanha está agora no seu apogeu, e continuando na dúvida de onde virão os fundos para tão megalómanas campanhas eleitorais, termino mais um retrato. Um retrato de um debate entre os candidatos à Câmara e um retrato das campanhas paralelas que o partido do poder (não é o da Covilhã, é mesmo o Partido Social Democrata) protagoniza...
Chamem-me repetitivo... Mas a culpa não é minha! A culpa é de quem vem repetindo as mesmas estratégias, os mesmos malabarismos e a mesmos actos de ilusionismo não fazendo campanhas no mesmo degrau que os outros. Enquanto estes actos existirem, temos pena: vão ser sempre o alvo dos meus textos.
6 comentários:
A carteirita do serra é um bocado.....................gayola, digo eu. E quando andam a ver do tabaquito tambem ficam um bocado...............gajas!
Concordo plenamente ao associarem o festival da cherovia à campanha eleitoral, como o Prof. Cavaco não é popular entre as gentes da freguesia teve-se de antecipar o festival para promover o produto (candidato psd ) será o produto com maior verba nestes tempos, 40 mil euros, bom financiamento. Todos os eventos que possam divulgar a região são bem vindos, mas deixem-se de manobras de diversão,já dizia o outro "não me atirem areia para os olhos"
Fiquei com uma dúvida?
Qual é afinal o estilo de José Serra dos Reis?
Que não sabe o que diz nem sabe do que fala?
Só se mudou muito e para melhor é que não é este o seu estilo.
Mas ok.
BlaBlaBla BlaBlabla Bla BlaBlA!!
Jorge Fael mostra conhecer muito bem a cidade, ao contrário de Serra dos Reis que só debita generalidades.Está na hora do BE mudar de caras nesta cidade.
Caso não se lembrem,inclusivamente o autor destes textos,o mesmo festival criticado por ele e por muitos ocorreu no mesmo periodo no ano passado.Mas como estamos na Covilhã tudo tem maldade e outras finalidades se não a promoção da região e dos produtos e até já se diz que é campanha.
Pela vossa mentalidade acho que em alturas de campanha todos os candidatos deviam ficar fechados em casa porque tudo o que façam,fruto do trabalho e hobbies deles será considerado campanha eleitoral.Poupem os leitores deste fastástico blog a essas cantilenas comunistas.
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