
“Contenção” foi a conclusão generalizada dos grupos da Assembleia Municipal da Covilhã, acerca do relatório de actividades e conta de gerência da Câmara. Mas esta aparente convergência de opiniões teve leituras políticas divergentes. A oposição acusa a Câmara de não planear e falhar na concretização do que prometeu, enquanto a maioria social-democrata destacou a redução de custos. À hora da votação, o PSD impôs a sua maioria, votando favoravelmente os documentos que receberam 11 votos contra da oposição.
A CDU esmiuçou os números, na sua intervenção, para mostrar os defeitos do trabalho autárquico em 2006. Marco Gabriel lembrou, entre outros, que as “Grandes Opções do Plano de 2006 tiveram uma percentagem de execução de 20,66 por cento”. “Ou o planeamento de despesas e receitas foi altamente inflacionado, tentado iludir os munícipes sobre a realidade concreta do concelho, ou estamos perante um cenário de incapacidade para levar a cabo as actividades e objectivos propostas”, acusou.
Já o PS leu nas entrelinhas do relatório que a Câmara admitiu dificuldades. “Afinal havia dívidas e era preciso pensar duas vezes antes de investir”, disse João Correia.
O PSD, por seu turno, destacou melhorias. “Os resultados líquidos do exercício melhoraram em 70 milhões de euros, relativamente a 2005. Os proveitos cresceram 4,5 por cento enquanto as despesas aumentaram 3,4 pontos percentuais. Esta é que é a analise que importa fazer”, afirmou José Curto.
Diário XXI
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