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«O nosso comentador Hugo Donelo lembrou, e o meu amigo José da Grande Loja do Queijo Limiano comentou, o caso do deputado Adérito Campos, um parlamentar do PSD por Aveiro denunciado no Independente de 5 de Maio de 1995 por "falsas declarações", alegadamente devido a se apresentar na Assembleia da República como advogado e licenciado sem ser.
O deputado reconheceu imediatamente ao jornal que não era advogado e que lhe faltavam duas cadeiras para terminar o curso de Direito, que isso devia ter sido um erro dos serviços do Parlamento, aliás nem queria exercer a profissão cujo curso havia frequentado.
Adérito Campos manteve-se pouco mais de um mês no Parlamento após a erupção do escândalo (Maio de 1995) - depois das férias vieram as eleições de 1 de Outubro de 1995 e nessas já não foi candidato. Apesar de ser deputado desde 1980, e bastante trabalhador como salienta o nosso comentador Irnério, e até ter sido conselheiro nacional do PSD. É hoje chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra (no mandato anterior era adjunto do Presidente da Câmara). Do Portugal Profundo contactei Adérito Campos que me disse que se tinha afastado de lugares de evidência política por decisão própria. Informou-me ainda que terminou o curso de Direito na Universidade de Coimbra, mas que nunca chegou a inscrever-se na Ordem dos Advogados nem a exercer a profissão respectiva. Creio que a sua reacção posterior aos factos desvendados merece o destaque da dignidade.(...)»
“Falsificação: Deputado laranja faz-se passar por advogado
Adérito Imperfeito
O deputado social-democrata e secretário da direcção do grupo parlamentar, Adérito de Campos, prestou falsas declarações sobre as suas habilitações literárias. Quando chegou a S. Bento, em 1980, preencheu a sua ficha declarando que era licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. E que tinha como profissão «advogado».
Numa investigação desenvolvida por O Independente descobriu-se que, afinal, o deputado laranja, eleito pelo círculo de Aveiro, nunca chegou a concluir o curso de Direito e que, por via disso, nunca esteve inscrito na Ordem dos Advogados. Mais. O deputado aveirense deixou o curso quando lhe faltavam apenas duas cadeiras para o concluir e agora, por via disso, corre sérios riscos de ter de fazer não duas mas 12 cadeiras. Tudo por causa de uma reforma curricular do curso de Direito na Universidade ele Coimbra.
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