RTSE defende investimentos na Estrela

Resposta às críticas dos ambientalistas

Jorge Patrão, presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela, defende que os investimentos recentemente aprovados pelo Governo para aquela zona terão um impacto positivo no ambiente, contrariando críticas feitas por uma plataforma ambientalista. Os investimentos no turismo da Serra da Estrela, foram aprovados pelo Governo e mereceram críticas da Plataforma para o Desenvolvimento Sustentável da Serra da Estrela, sedeada na Guarda. Em comunicado, a plataforma considera os investimentos prejudiciais e poluentes e acusa a empresa concessionária do turismo de montanha de fazer obras "com enorme liberdade" e sem "as necessárias autorizações".

"É importante que a Turistrela e a Região de Turismo percebam que o turismo e o ambiente têm de andar aliados", conclui o comunicado. "É verdade que há um risco de os investimentos terem impacto, mas é um impacto positivo", ironizou por seu lado o presidente da RTSE, Jorge Patrão. Questionado pela agência Lusa, o responsável garantiu que, com o programa "Serra da Estrela Dinâmica", "há uma valorização do património e requalificação dos espaços existentes, alguns muito degradados". O Programa Integrado Turístico de Natureza Estruturante e Base Regional (PITER), com o título "Serra da Estrela Dinâmica", inclui duas dezenas de projectos para dez concelhos e tem execução prevista até final de 2008. A maioria do investimento é privado (96 milhões de euros) e o Estado "deverá comparticipar o programa com cerca de 30 milhões de euros", refere Jorge Patrão, sendo que o valor "ainda não esta fechado, porque há regulamentos por definir nalguns sistemas de financiamento". Está estimado que venham a ser criados entre 300 e 500 postos de trabalho. A região da Serra da Estrela faz parte do Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT), como pólo turístico a desenvolver até 2015, juntamente com as regiões do Alqueva, Douro, Litoral Alentejano e Oeste.

Kaminhos